INVESTIGADO POR OMISSÃO Advogados deixam defesa de ex-secretário Anderson Torres, preso após atos de 8 de janeiro Publicada em 07/03/2023 às 15:54 Ao menos 11 advogados deixaram a defesa de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal preso após os atos extremistas de 8 de janeiro. O ex-secretário é investigado por suposta omissão durante os ataques de 8 de janeiro, em Brasília. Com a saída dos advogados, apenas Rodrigo Roca continua na defesa do ex-ministro da Justiça. O motivo da saída dos demais não foi informado, e a banca de advogados comunicou a medida ao Supremo Tribunal Federal (STF). Torres está preso no 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará (DF), por tempo indeterminado. Investigação A prisão preventiva de Torres foi decretada em 10 de janeiro, mas o ex-secretário de Segurança do DF estava em viagem com a família, nos Estados Unidos. O mandado só foi cumprido após o retorno de Torres à capital federal. Torres chegou ao Brasil sem o celular. O acesso ao aparelho continua sendo um dos objetivos dos investigadores. No último depoimento à Polícia Federal, em 2 de fevereiro, o ex-secretário afirmou que daria a senha da nuvem (tecnologia que permite a usuários armazenar, manter e acessar dados em servidores de alta disponibilidade via internet) para que a polícia tivesse acesso, mas alegou não saber onde estava o aparelho. Na ocasião, durante as dez horas em que prestou informações aos investigadores, o ex-secretário afirmou que não estava no país no dia dos atos em razão de uma viagem já programada antes da organização dos protestos e disse que houve "falha grave" da Polícia Militar do Ditrito Federal ao tentar impedir a invasão. Sobre a minuta de um golpe de Estado com o intuito de mudar o resultado das eleições, encontrada pela PF na casa dele, Torres alegou ser um documento "sem viabilidade jurídica [...] que, na verdade, já era para ter sido descartado". Pedido de soltura A defesa tenta a revogação da prisão de Torres, mas o pedido ainda está em análise. A expectativa para a transferência dele para a Papudinha, carceragem especial para agentes policiais, não se confirmou, e ele continua detido no 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará (DF), por tempo indeterminado. A defesa usou parte dos argumentos dados pelo ex-secretário durante a oitiva para sustentar um pedido de liberdade provisória. A petição alega que Torres não representa risco para a ordem pública. Além disso, os advogados ressaltaram que não há nada no inquérito que o ligue aos atentados na Esplanada dos Ministérios. Segundo a defesa, apesar de ter viajado, o ex-secretário teria tomado todas as providências para prevenir o ocorrido. Futuro de Torres Além do processo criminal, Torres pode assistir à carreira como delegado da PF chegar ao fim. Caso seja condenado, a avaliação de aliados do próprio ex-secretário de dentro da corporação é que Torres sofra um processo administrativo pela conduta diante dos atos extremistas. Nesse cenário, a sanção pode chegar à ordem de demissão. Justamente por ser membro da PF, essa possibilidade é tratada com discrição. Fonte: R7 Leia Também Advogados deixam defesa de ex-secretário Anderson Torres, preso após atos de 8 de janeiro Justiça Federal em Rondônia abre inscrições para seleção de estagiários de ensino superior Diretoria da Atricon é recebida pela Presidência da Câmara dos Deputados Biden recebe líder sul coreano na Casa Branca em final de abril Pilotos da força aérea morrem após aviões colidirem no ar, diz ministério da defesa italiano Twitter Facebook instagram pinterest