SINDUR CPI investigará denúncias contra Águas de Manaus do AEGEA responsável pelo saneamento privatizado Publicada em 27/03/2023 às 15:27 Foi instalada no último dia 20 de março a Comissão Especial Parlamentar de Inquérito (CPI) da Águas de Manaus na Câmara Municipal de Manaus com objetivo de vistoriar e investigar o trabalho executado pela concessionária, como a cobrança de taxa de esgoto em locais que não têm o serviço, além de reajustes indevidos feitos pela empresa. O colunista Sandoval Rocha, professor universitário em Manaus, relata em artigo recente o caso de um dos moradores do bairro Jorge Teixeira, zona leste da cidade, que teve de forma inusitada aumento inexplicável no preço da sua fatura de água e esgoto nos últimos três meses. No ano passado, ele costumava receber faturas mensais no valor de R$ 200, mas nos últimos meses esse valor tem aumentado exponencialmente para R$ 1,2 mil, R$ 1,4 mil e R$ 1,8 mil. Essa situação seria vivida amplamente por outros consumidores. Denúncias como esta aparecem com frequência contra a concessionária Águas de Manaus (Aegea Saneamento e Participações), responsável pelos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário da Capital amazonense, privatizado há 23 anos, e que será alvo das investigações da CPI recentemente instalada. Entre as inúmeras motivações da CPI da Águas de Manaus se destacar a falta de investimento da empresa nos serviços. Apesar do sistema de saneamento ser privatizado, as grandes obras de saneamento da cidade têm sido financiadas pelo poder público, por exemplo, o Programa Águas para Manaus (PROAMA) e a Estação de Tratamento de Esgoto do Educandos (ETE do Educandos). Pesam sobre a empresa denúncias de irregularidades como recapeamentos precários em áreas onde foram realizados serviços, interrupções abruptas no fornecimento de água, discrepância entre consumo e cobrança em residências e ausência de relatórios de cumprimento de metas. A Agência Reguladora dos serviços também será investigada por omissão diante de tais irregularidades. Em Rondônia o grupo Aegea já é responsável pelos sistemas de água tratada e esgotamento sanitário em Ariquemes, Pimenta Bueno, Rolim de Moura e Buritis, alvo de reclamações semelhantes. Em Ariquemes já houve uma CPI da Câmara de Vereadores que investigou a empresa e recomendou o cancelamento do contrato, que não foi acatado pela prefeitura mas demonstra que a privatização não funcionou. Para o Sindicato dos Urbanitários (SINDUR), que representa os trabalhadores do setor elétrico e da CAERD, a situação da privatização abastecimento de água e esgotamento sanitário de Manaus é preocupante e deve servir de alerta para a população e autoridades de Porto Velho, onde a prefeitura está com um processo de privatização em andamento. Fonte: ascom Leia Também Privatização da Caerd entra em pauta na comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa Comunicado da 2ª Câmara Especial - processos adiados e retirados de pauta Arcabouço fiscal 'sólido e crível' pode facilitar queda da inflação, diz Banco Central Detentos denunciados pelo MP por tentativa de homicídio em Casa de Detenção são condenados pela justiça Operação Fio Desencapado que combate furto de fios elétricos e hidrômetros foi desencadeada em Porto Velho Twitter Facebook instagram pinterest