MANIFESTAÇÃO Mais de 300 pessoas são detidas na França em protestos contra reforma da Previdência Publicada em 17/03/2023 às 10:10 As forças de segurança prenderam 310 pessoas nesta quinta-feira (16) na França durante os protestos que explodiram depois que o governo decidiu adotar a impopular reforma da Previdência sem o voto dos deputados, anunciaram as autoridades. Latas de lixo, deixadas sem coleta devido a greves de coletores de lixo, foram incendiadas em Paris à noite durante manifestações pacíficas envolvendo vários milhares de pessoas. Em Paris, a polícia usou gás lacrimogêneo e jatos de água para dispersar os manifestantes reunidos na 'Place de la Concorde', próxima da Assembleia Nacional (câmara baixa), após a decisão do governo. Ao anoitecer, os policiais atacaram os manifestantes para "limpar" o local. Alguns grupos então se deslocaram pelas ruas próximas no bairro chique de Champs-Elysees e atearam fogo nas ruas. O governo afirmou que até 10.000 pessoas foram para as manifestações no local e 258 foram detidas. Outras 24 cidades da França também registraram manifestações, que reuniram o total 52.000 pessoas, segundo um balanço da polícia. As cidades de Rennes (oeste), Nantes (oeste) e Lyon (este) também registraram incidentes. Cinquenta e quatro policiais ficaram feridos. Dois terços dos franceses, segundo pesquisas, são contrários ao plano imposto pelo presidente. Mais de oito em cada dez pessoas estão insatisfeitas com a decisão do governo de pular uma votação no parlamento, e 65% querem que greves e protestos continuem, mostrou uma pesquisa da Toluna Harris Interactive para a rádio RTL. A decisão do governo de usar o polêmico artigo 49.3 da Constituição para adotar o aumento da idade de aposentadoria de 62 a 64 anos sem submeter a medida ao voto dos deputados, pelo medo de perder a votação, alimentou os protestos nesta quinta-feira. Na manhã desta sexta-feira, quase 200 manifestantes bloquearam o anel viário de Paris por meia hora, observou um jornalista da AFP. O governo está sob pressão e aguarda o resultado do voto de desconfiança anunciado contra o Executivo da primeira-ministra Élisabeth Borne. A votação deve acontecer no início da próxima semana e se a moção de censura for adotada, isto também derrubaria a reforma. A imprensa francesa é unânime em criticar o presidente Emmanuel Macron por ter usado o polêmico mecanismo para adotar seu projeto. Os jornais consideram que o recurso demonstra o "fracasso" e a "fraqueza" do governante. O uso do 49.3 "não é um fracasso", disse o ministro do Trabalho, Olivier Dussopt. "Nossa vocação é continuar governando", afirmou o porta-voz do governo, Olivier Véran. Um novo dia de ação industrial nacional está agendado para quinta-feira (23 de março). Fonte: G1 Leia Também Mais de 300 pessoas são detidas na França em protestos contra reforma da Previdência PGR se mostra contra aprovação automática de atividades de mineração Defesa Civil de Rondônia monitora níveis dos rios e orienta moradores que residem em áreas com risco de inundação Oitava fase da Lesa Pátria cumpre 78 mandados, em nove estados e no DF Tradição e excelência em serviços: conheça a Norte Placas, destaque no ramo em Porto Velho Twitter Facebook instagram pinterest