RESENHA POLÍTICA O desgaste do IPTU; De olho nas eleições municipais de 2024; Rondônia espera tempestade Publicada em 07/03/2023 às 13:49 Resenha Política Robson Oliveira IPTU O prefeito da capital Hildon Chaves agiu rápido e suspendeu a cobrança extorsiva do IPTU, após um reajuste desproporcional no cálculo. Foi um desgaste desnecessário porque os assessores na área das finanças levaram o prefeito ao erro e a repercussões políticas negativas. BARBEIRADA Um fato que revela toda falta de competência da assessoria do prefeito em relação ao episódio do IPTU é a justificativa dada de que o aumento ocorreu em razão das recomendações do Ministério Público/RO e do Tribunal de Contas do Estado que, em seguida, foi desmentido. Mesmo que todo recuo seja desgaste, mostrou que Hildon Chaves é sensível aos apelos da população e sabe corrigir eventuais equívocos. Uma barbeirada que mobilizou as redes sociais. EXEMPLO É um erro primário o prefeito Hildon Chaves insistir com o lenga lenga de que o IPTU da capital é o mais barato do país. O que está sendo contestado é o aumento aplicado no carnê dos munícipes provocando a indignação geral e sem estudos transparentes que justificassem a majoração dos índices. Ainda bem que o prefeito recuou da sandice, mostrando que tem espírito público e tino político. Da última vez que um governante rondoniense insistiu em fazer o mal de uma vez, no caso, Bianco ao demitir dez mil servidores, sem recuo, o final político foi melancólico. Um exemplo ruim que Hildon corrigiu antes que o estrago fosse maior. FEDERAÇÃO Partidos que diminuíram o número de parlamentares no Congresso Nacional começam a rearrumar internamente de olho nas eleições municipais de 2024. O PDT, por exemplo, conversa com o PSB visando a formação de uma Federação entre as duas legendas, o que as vincula para as eleições nos próximos quatro anos. As executivas farão a primeira reunião nesta quinta-feira ( 9), com a sinalização positiva dos dirigentes. VACINAS A queda nos índices de vacinação é um fenômeno mundial, não apenas em razão dos movimentos ideológicos antivacina e anticiência. Mas é também um problema de comunicação que os municípios, estados e a união negligenciaram. Investir em publicidade institucional para que as pessoas saibam da importância em vacinar, especialmente os filhos, é essencial para que possamos recuperar os índices satisfatórios de vacinação alcançados no país em anos passados. A volta do “Zé Gotinha”, por exemplo, é o retorno a uma campanha publicitária vitoriosa. PESQUISA Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Rondônia apontou que a queda na cobertura vacinal do estado está intrinsicamente ligada à falta de ações publicitárias. Diante da baixa taxa de imunização contra a poliomielite registrada em Rondônia, os pesquisadores investigaram sites e redes sociais oficiais do estado e concluíram que o acesso à vacinação decorre da falta de informação sobre as campanhas de vacinação. O que ainda existe é muito pouco em relação às campanhas de desinformação promovidas pelos grupos extremados contrários às vacinas. FAKE NEWS O professor da Unir, Vinícius Miguel, coordenador do estudo, destaca que a maioria dos argumentos favoreceram a um contexto negativo por falta de informação que dificulta o acesso à vacinação. O estudo elencou inúmeros problemas, inclusive fáceis de solução, como informação sobre locais, horários e um calendário para o atendimento público. “Outro problema detectado é a falta de transparência pública sobre a questão, por pura negligência das autoridades em tratar a cobertura vacinal como prioridade”, explicou Vini. VOLTA Doenças que estavam completamente erradicadas no país estão voltando exatamente pela negligência das autoridades com a cobertura vacinal. Poliomielite e varíola foram erradicadas, mas voltaram com força pela baixa cobertura vacinal. Não é um problema simplesmente de planejamento, é também a falta de compromisso ao tratar a questão como prioridade nas ações das políticas públicas. A guerra contra as vacinas ocorrida nos últimos quatro anos causou um dano enorme à população, particularmente a infantil, o que era sensatamente esperado, porém os reflexos futuros são incalculáveis. DESCRIMINALIZAÇÃO Silvio Almeida, ministro dos Direitos Humanos, saiu em defesa da descriminalização das drogas. Ele sustenta que é um problema que deve ser tratado como saúde pública e não penal. É um tema polêmico que exige cautelas porque tem um conteúdo político intrincado, além da complexidade dos estudos sobre o tema. Embora seja uma questão que merece estudos do ponto de vista terapêutico, o momento político não é conveniente para iniciar o debate uma vez que suscita discussões que extrapolam a racionalidade. BELINGERÂNCIA Ao que parece os petistas ainda não perceberam que o momento é de conflagração política e temas com apelos extremados conspiram contra o governo. Lula precisa de tempo para arrefecer os ânimos e tranquilidade para que as ações na área econômica surtam efeitos. Em tempos beligerantes, qualquer ruído na política provoca uma combustão. Temas como descriminalização das drogas neste momento é nitroglicerina pura. CÉUS Há no céus de Rondônia nuvens se formando. Resta saber o dia que a tempestade cai. Fonte: Robson Oliveira Leia Também O desgaste do IPTU; De olho nas eleições municipais de 2024; Rondônia espera tempestade CONFEA recebe deputado Alan Queiroz, vice-líder do Governo de Rondônia no legislativo Ieda Chaves acompanha aula inaugural do curso “Condução de Pesca de Turismo” ofertado na capital Após cassação do presidente da Câmara de Ariquemes, suplente Pastor Eronildo Pereira assume a titularidade da vaga de vereador Deputada Ieda Chaves acompanha aula inaugural do curso “Condução de Pesca de Turismo” ofertado na capital Twitter Facebook instagram pinterest