SIMPI Coluna Simpi – Os 100 dias de 2023 e as Micro e Pequenas Empresas Publicada em 12/04/2023 às 08:40 Os 100 dias de 2023 e as Micro e Pequenas Empresas Em 100 dias de um novo governo, levantamos alguns pontos que são os mais relevantes e de interesse para os empresários das micro e pequenas empresas. O primeiro deles é que desde 20 de março de 2023, por decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho) mudou a regra do cálculo do reflexo das horas extras em verbas como 13º, férias e fundo de garantia. Até 20 de março de 2023, as horas extras tinham aplicação apenas no descanso semanal remunerado. A partir desse julgado do Tribunal Superior, o reflexo das horas extras deve repercutir nas demais verbas. Isso tem um impacto importantíssimo na sua empresa: horas extras impactam agora nas bases de cálculo de férias e décimo terceiro. Outro ponto que separamos para tratar aqui é a reforma tributária. Ainda segue um cenário de muita dúvida e a ideia é que haja num primeiro momento, a votação e a alteração dos tributos sobre o consumo. Então, basicamente, ISS, ICMS, IPI, PIS e COFINS seriam agrupados em dois ou em um novo tributo sobre o consumo. Mais ou menos o que acontece no mundo o chamado IVA, Imposto Sob Valor Agregado. Isso deve ser votado ainda no final do primeiro semestre, extremamente importante, pois afeta a todos nós. Juntamente com o início da reforma tributária, que é a conjugação desses cinco tributos sobre o consumo em um ou dois, nós teremos também no segundo semestre o enfrentamento da criação do tão divulgado tributação de dividendos. Piraci Oliveira, advogado, afirma “Eu acredito que a partir de 2024, a distribuição de dividendos será tributada. Deve ser uma alíquota perto de 15% com isenções destinadas a holdings, a empresas controladoras, empresas do Simples e o mercado imobiliário”. Fora disso, todas as outras situações, todas as distribuições, especialmente voltadas àquelas que são encaminhadas ao destinatário final, a pessoa física, devem ser alcançadas pelo tributo novo, tributação de dividendos. Afora essas questões, a segunda a reforma tributária que deverá ter debate no próximo ano, tratará da tributação das empresas, dos lucros e dos dividendos. Piraci, explica “Junto com a tributação de dividendos que deve ser criada ainda esse ano, poderá haver uma pequena redução da tributação das pessoas jurídicas, que deixaria de ser 34%, caindo para alguma coisa perto de 25%, e finaliza, “Contudo, esses cálculos ainda são especulativos”. Assista: https://youtu.be/B0NRePKaJmw Aqui tem tudo! por que comprar de fora? Você sabe como a economia sobreviveu às grandes crises mundiais? Com a ajuda de todos os consumidores e dos pequenos negócios, que aqui no Brasil são responsáveis por mais de 60% dos empregos formais e por quase um terço de toda a nossa riqueza. Nos tempos da crise, é de fundamental importância o consumo consciente, valorizando empreendedores locais e apoiando pequenas empresas do seu bairro, de sua cidade e de seu estado, durante a fase mais aguda das dificuldades . Os negócios locais são o combustível de toda a economia, e promover esse tipo de consumo gera ganhos para toda a região, pois ajuda a estabelecer um comércio mais justo tanto para o pequeno agricultor como para o pequeno industrial e o comerciante, fomentando e estimulando a inovação, criando mais empregos e distribuindo renda na própria cidade. Faça parte desse movimento, afinal o “Dia das Mães” está chegando, e vai ser importante todos saírem economicamente fortalecidos. Participe; que tal estampar nas mídias sociais de seu negócio a ideia de comprar de nós mesmos e o quanto vai ser bom para todos da cidade. https://youtu.be/wxEtTZOqyAI “Conselhão” está de volta e o Simpi estará presente Com novo nome, Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável e com a assinatura do Decreto n.º 11.454, de 24 de março de 2023, o Governo Federal anunciou a recriação. O órgão será responsável por assessorar o Presidente da República na formulação de políticas e diretrizes destinadas ao desenvolvimento econômico social sustentável. O chamado Conselhão será um espaço de diálogo entre o Governo e a sociedade na construção de agendas para o desenvolvimento do país, em particular com empresários e organizações de trabalhadores. Além de elaborar indicações normativas, propostas políticas e acordos de procedimento, o Conselhão também irá apreciar propostas de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento econômico social sustentável, e articular as relações do Governo Federal com os representantes da sociedade civil, e aos mais diversos setores que estarão representados no colegiado. O Conselhão será presidido pelo Presidente da República e terá como membros o vice-presidente, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República e cidadãos brasileiros de “ilibada conduta” e “reconhecida liderança”. As Conselheiras e os Conselheiros são nomeados pelo Presidente da República e terão mandato de 2 anos – a lista completa está sendo fechada. De acordo com o decreto, o Conselho poderá instituir comissões temáticas e grupos de trabalho destinados ao estudo e à elaboração de propostas sobre temas específicos. MEI precisa declarar Imposto de Renda Pessoa Física? Os Mei’s já são mais de 15 milhões no Brasil, e com tanta gente formalizando, uma dúvida é cada vez mais frequente: o MEI precisa fazer a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física? Em alguns casos sim, pois o Microempreendedor Individual (MEI) exerce dois papéis com obrigações distintas: o de empresário (pessoa jurídica) e o de cidadão (pessoa física). A obrigatoriedade de apresentar o Imposto de Renda da Pessoa Física depende da sua condição como cidadão e não como pessoa jurídica. O que determina o acerto de contas com o Fisco é o enquadramento em alguma das situações a que todas as pessoas físicas estão sujeitas. A Declaração Pessoa Física (DIRPF) deve ser feita pelo microempreendedor individual, caso ele tenha recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 no ano anterior. Além disso, aqueles que tiveram rendimentos isentos não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00 também devem declarar. Durante a sua Declaração de imposto de Renda 2023, o MEI tem direito a um percentual de isenção que varia de acordo com a atividade realizada por ele como 32% da receita bruta para serviços em geral;16% da receita bruta para transporte de passageiros; 8% da receita bruta para comércio, indústria e transporte de carga. Micro e Pequenas Empresas e MEI já podem indicar PIX para recebimento da restituição do leão Em abril a Receita Federal decidiu atualizar os seus sistemas, e mudou regras bem importantes como o “Pedido Eletrônico de Restituição”. Foi decidido que MEI (Microempreendedor Individual), as Micros e Pequenas Empresas poderão escolher uma nova forma de recebimento da restituição dos impostos. O aplicativo “Pedido Eletrônico de Restituição” é um sistema que permite ao contribuinte solicitar a restituição de pagamentos recolhidos indevidamente ou a maior, relativos aos tributos federais. Duas mudanças significativas nesse sistema foram autorizadas pela Receita Federal, visando otimizar o acesso das empresas aos valores a serem restituídos. O aplicativo está disponível no portal do Simples Nacional e no portal e-CAC da Receita. Um outro ponto interessante é que todo o sistema passa a ser adequado ao tamanho da tela do dispositivo utilizado pelo contribuinte ao acessá-lo. A grande novidade é que agora o empreendedor pode cadastrar sua chave PIX para receber esses valores de forma automática. Reforma tributária e as confrontações entre Industria, comercio, serviços e as pequenas empresas “A reforma tributária é um tema importante e nos últimos anos estamos patinando nessa agenda. Primeiro é necessário que nós aperfeiçoemos esse sistema tributário brasileiro do ponto de vista da sua complexidade e do ponto de vista da distribuição dos recursos e do impacto na arrecadação”, afirma Valdir Simão, ex-ministro do Planejamento. De acordo com sua avalição, a convergência dos diversos atores políticos envolvidos permite um avanço nessa agenda a exemplo das PEC`s 45 e 110 que estão tramitando no Congresso Nacional e a formação de um grupo de trabalho para discutir esse tema. Todavia, Valdir diz que a possibilidade de avançar nessa discussão só acontecerá se mantidas as competências dos estados e municípios para fixação de suas alíquotas, em especial. “No caso de um IVA Dual, acho muito difícil ter um IVA Nacional, e precisamos de uma transição adequada para determinados segmentos econômicos, pois serão mais impactados considerando que estamos falando de substituição de cinco tributos por um imposto sobre o valor agregado”. Sobre os diversos segmentos econômicos, Valdir considera necessário o Congresso Nacional ouvir todas as partes para chegar a um entendimento. E ressaltou o interesse do Congresso Nacional na reforma tributária. “O sistema atual penaliza demais as empresas do ponto de vista das obrigações e dificulta a própria articulação federativa. Nós precisamos de um sistema mais simples que dê mais segurança jurídica para todo mundo e não coloque o contribuinte sempre numa situação de indefinição em relação ao posicionamento futuro da administração tributária. Valdir ainda aponta a mobilização e a representatividade do segmento empresarial como essencial para uma interlocução segura e transparente. “Nós não podemos criminalizar essa relação entre poder público e o setor empresarial, temos que estimular ouvir todas as partes interessadas para tomar a melhor decisão possível”. “No final sempre haverá um determinado segmento que acabou não sendo privilegiado ou se sentir injustiçado, mas isso dentro do processo transparente e democrático é assim que se constrói uma agenda pública forte, robusta e íntegra”, finaliza Valdir. Assistir : https://youtu.be/27yZPAZja-8 Fonte: ascom Leia Também Coluna Simpi – Os 100 dias de 2023 e as Micro e Pequenas Empresas Terras indígenas ajudam a evitar casos de doenças respiratórias Saúde vai credenciar 57 mil equipes para reforçar unidades básicas STF marca julgamento de denunciados por atos golpistas Governo proibirá contratos com empresas envolvidas em atos golpistas Twitter Facebook instagram pinterest