CONFLITO ARMADO Confrontos entre grupos armados deixam dezenas de mortos no Haiti Publicada em 24/04/2023 às 08:49 Uma onda de violência tomou conta da maior favela de Porto Príncipe, capital do Haiti, deixando ao menos 70 mortos e 40 feridos entre os dias 14 e 19 de abril. Os confrontos foram protagonizados por grupos armados rivais em Cité Soleil, de acordo com informações divulgadas pela representação das Nações Unidas no Haiti. Entre as vítimas fatais, 18 eram mulheres e dois eram menores de idade. Outras 12 mulheres ficaram feridas. A situação humanitária e de segurança na região, que abriga centenas de milhares de pessoas, foi classificada como "alarmante" pelo Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (Ocha, na sigla em inglês). O comunicado divulgado pelo Ocha ainda alerta que mulheres e crianças estão particularmente expostas à violência das gangues. Os combates têm impedido a população de circular livremente e ter acesso a bens e serviços essenciais, além de provocar o fechamento de escolas e centros de saúde da região. "Já não podem sair de casa por medo da violência armada e do terror imposto pelas gangues", afirmou a coordenadora do Ocha para o Haiti, Ulrika Richardson. O país vive uma grave crise social e política, que se intensificou com o reaparecimento da cólera em surto desde outubro e com o controle de grande parte do território da capital por gangues fortemente armadas. Diante da situação, o primeiro-ministro haitiano, Ariel Henry, solicitou ajuda militar internacional para combater esses grupos em outubro de 2022. O arcebispo da capital, Max Leroy Mésidor, usou as redes sociais para alertar que a situação no país "piora a cada dia" e que o Haiti "mergulha no caos absoluto". Ele ainda acusou o governo do país de "indiferença" com as vítimas da epidemia e denunciou que os grupos armados têm cometido crimes de violência sexual e sequestro. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha também se manifestou sobre a situação no Haiti, pedindo respeito pela missão médica no país. A organização afirmou que a atividade tem sido dificultada pelas restrições de circulação impostas devido ao risco "de ser apanhada em fogo cruzado", o que limita em grande medida o acesso aos serviços de saúde. Fonte: Rondoniadinamica.com - Com informações Agência Brasil Leia Também Confrontos entre grupos armados deixam dezenas de mortos no Haiti Acordo Mercosul-UE pode ser fechado neste ano Presidente do IPC crê em quebra de recorde de público em Paris 2024 Em Portugal, Lula reforça crítica ao atual nível da taxa Selic Governo reforçará combate ao racismo contra brasileiros em Portugal Twitter Facebook instagram pinterest