SECRETÁRIO GERAL Guterres "chocado" com violência das forças de segurança de Israel Publicada em 05/04/2023 às 14:50 "O secretário-geral está chocado e horrorizado com as imagens que viu esta manhã de violência e espancamentos por parte das forças de segurança israelitas dentro" da mesquita de Al-Aqsa, indicou Stéphane Dujarric, destacando que este "momento do calendário, sagrado para os judeus, cristãos e muçulmanos, deve ser um momento de paz e não de violência". "Os locais de culto devem ser usados apenas para práticas religiosas pacíficas", acrescentou. Dujarric repetiu uma declaração do coordenador especial da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, Tor Wennesland, que pediu aos líderes políticos, religiosos e comunitários de todos os lados que rejeitem o incitamento, retórica inflamatória e ações de provocação. Wennesland disse que os líderes devem agir com responsabilidade e evitar medidas que possam aumentar as tensões, e afirmou que a ONU está em contacto próximo com todas as partes envolvidas. A polícia antimotim israelita entrou hoje de madrugada na mesquita de Al-Aqsa e envolveu-se em confrontos com palestinianos que se tinham barricado no templo com pedras e fogo-de-artifício. Em imagens publicadas nas redes sociais é possível ver agentes a carregarem contra fiéis muçulmanos na mesquita de Al-Aqsa. Os confrontos provocaram mais de uma dezena de feridos palestinianos e cerca de 400 detidos, naqueles que são os acontecimentos mais tensos da região desde que começou o mês sagrado muçulmano do Ramadão, há duas semanas. Os confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro local mais sagrado do Islão e um símbolo nacional para os palestinianos, foram seguidos pelo lançamento de dez foguetes pelas milícias de Gaza contra Israel, aos quais o exército israelita respondeu com bombardeamentos de retaliação contra postos militares do grupo islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007. Os incidentes na mesquita já levaram a Liga Árabe, através da Jordânia, a convocar uma reunião extraordinária da organização e Marrocos, signatário dos Acordos de Abraão, a condenar "veementemente" a intervenção da polícia israelita e a denunciar a "agressão e o terror contra fiéis em pleno mês do Ramadão". Pelo segundo ano consecutivo, o mês sagrado muçulmano coincide em 2023 com as celebrações da Páscoa judaica, que começam hoje à tarde e costumam registar um aumento do número de judeus que visitam a Esplanada das Mesquitas, gerando a reação dos fiéis palestinianos. Israel assumiu o controlo de Jerusalém Oriental e da Cisjordânia em 1967 e, desde então, manteve uma ocupação e colonização desses territórios, uma das mais longas da história recente. Por sua vez, os poucos mais de três meses de 2023 marcam o início do ano mais violento no quadro do conflito israelo-palestiniano desde 2000. Este ano, 92 palestinianos já morreram em incidentes violentos com Israel, enquanto do lado israelita, 15 pessoas morreram em ataques perpetrados por palestinianos. Fonte: Notícia ao Minuto - Portugal Leia Também Guterres "chocado" com violência das forças de segurança de Israel Presidente sanciona lei com medidas contra desperdício de água Disponíveis informações sobre segunda etapa do Censo Escolar 2022 Índice de Variação de Aluguéis Residenciais sobe 0,97% em março Inmetro pede atenção na compra de produtos para a Páscoa Twitter Facebook instagram pinterest