'Medo mortal da Covid e com paranoia de que será assassinado', diz ex-segurança sobre Putin

O ex-segurança de Vladimir Putin afirmou que o líder russo prefere "ficar isolado em seu bunker" para evitar tentativas de assassinato e devido ao seu "medo mortal" de contrair Covid-19.

Gleb Karakulov trabalhou diretamente com o presidente no cargo de capitão do Serviço da Guarda Federal e explicou que Putin toma medidas extremas para se proteger do vírus e evitar ataques inimigos. 

Questionado se Putin leva uma vida reclusa, Karakulov - que deixou a Rússia em meio à invasão do país à Ucrânia - declarou: "Sim, ainda temos um presidente em isolamento social. Temos que observar um período de quarentena rígida de duas semanas antes de qualquer evento, mesmo aqueles que duram apenas 15, 20 minutos. Há um grupo de funcionários que foram liberados [das restrições sanitárias]. Eles são considerados 'saudáveis' e podem trabalhar na mesma sala que Putin", relatou o ex-agente.

Apesar dos cuidados excessivos, Karakulov não tem conhecimento de nenhuma informação que indique que o chefe de Estado esteja enfrentando uma doença terminal, como alguns meios de comunicação vêm noticiando.

"Não foi algo que meus colegas comentaram. Se ele tem algum problema de saúde, deve ser devido à sua idade avançada. Bem, ele provavelmente os tem, mas não é nada muito sério, creio", afirmou ele em entrevista à 'Dossier'.

O ex-funcionário do Kremlin acrescentou que o presidente é averso às tecnologias digitais. 

"Em todos os meus anos de serviço, não o vi nenhuma vez com um telefone celular. Putin não usa a Internet ou smartphones. Ele só recebe informações de seu círculo mais próximo, o que significa que ele vive com um vácuo de notícias", opinou.