JUSTIÇA STF julga lei que obrigou coleta de DNA para combater troca de bebês Publicada em 13/04/2023 às 08:42 O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou hoje (12) o julgamento da constitucionalidade de uma lei do Rio de Janeiro que obrigou hospitais e maternidades a coletarem material genético de recém-nascidos. Sancionada em 2002, a norma prevê medidas para evitar a troca de bebês em hospitais públicos, privados e maternidades do estado. Além da utilização de pulseiras de identificação e grampo umbilical, a lei determinou a coleta de material genético de mães e filhos internados na sala de parto para arquivamento pela unidade de saúde para ficar disponível para a Justiça em caso de necessidade de realização de exame de DNA. O caso foi parar no Supremo em 2016 por meio de uma ação protocolada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Para o órgão, a lei é inconstitucional por violar a intimidade e a privacidade das gestantes, além de não considerar a vontade das mães para realização da coleta do DNA. Ao julgar a questão, o relator do caso, ministro Luiz Fux, votou pela suspensão da norma por entender que a medida é desproporcional. “Ressalvado o intuito de prevenir a ocorrência de situações nocivas ao bem-estar das famílias brasileiras, a presente lei, em razão de sua desproporcionalidade e razoabilidade, fere também o preceito constitucional do devido processo legal”, afirmou. O entendimento foi seguido pelos ministros André Mendonça, Nunes Marques, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. Após os votos, a sessão foi interrompida e será retomada amanhã (13). Fonte: Agência Brasil Leia Também STF julga lei que obrigou coleta de DNA para combater troca de bebês Fazenda nega criação de imposto para pequenas compras online Fiocruz e instituto chinês assinam acordo de cooperação científica STJ anula provas de operação contra acusado de tráfico internacional Moraes dá cinco dias para PGR opinar sobre soltura de Anderson Torres Twitter Facebook instagram pinterest