CORRUPÇÃO Ex-premiê paquistanês é libertado após violentos protestos no país Publicada em 12/05/2023 às 15:03 O ex-primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, foi libertado sob fiança nesta sexta-feira (12), após uma detenção que provocou protestos violentos de seus apoiadores e foi considerada ilegal, nesta quinta-feira (11). O ex-chefe de governo foi preso com base em um caso de corrupção na terça-feira (9), ao comparecer a um tribunal na capital, Islamabad. Mas, na quinta-feira, o principal tribunal do país decidiu que sua detenção foi ilegal e que todo o processo deveria ser revisto. "O tribunal concedeu fiança a Imran Khan por um período de duas semanas e ordenou às autoridades que não o detivessem", disse Khawaja Harris, um de seus advogados. No entanto, o caso está longe de ser encerrado. O ministro do Interior, Rana Sanaullah, prometeu pedir novamente a prisão de Imran Khan, atualmente envolvido em uma série de processos judiciais desde que deixou o poder, em abril de 2022. As eleições gerais estão marcadas para outubro, e o ex-astro de críquete, ainda muito popular no país, acusa o atual governo de coalizão e o exército de querer impedir seu retorno ao poder. O ex-chefe de governo, de 70 anos, também afirmou que um oficial de alto escalão estava envolvido em uma conspiração para assassiná-lo em novembro passado, o que não agradou o exército, um dos principais atores políticos do país. Dois dias de caos A prisão de Khan desencadeou dois dias de caos, nos quais milhares de seus apoiadores se manifestaram em diferentes cidades do país, incendiando prédios e bloqueando estradas. O governo enviou o exército para lidar com os protestos e pelo menos nove pessoas morreram nos confrontos, de acordo com fontes policiais e de saúde. Centenas de policiais ficaram feridos e mais de 3.500 pessoas foram detidas, a maioria nas províncias de Punjab e Khyber Pakhtunjua, segundo as autoridades. Com dezenas de processos contra ele, Khan tem "um longo caminho pela frente", disse à AFP o analista Imtiaz Gul. "Isso não é mais do que um alívio temporário, provavelmente como parte dos esforços para reduzir a escalada de uma situação explosiva", disse ele. Segundo este especialista, os processos judiciais movidos contra ele "parecem destinados a mantê-lo atolado e incapacitado para o exercício ativo da política". Fonte: RFI Leia Também Ex-premiê paquistanês é libertado após violentos protestos no país Procurador de Justiça Cláudio Silveira empossado como Corregedor-Geral do MPRO Operação na TI Karipuna resulta em 12 indiciamentos e uma prisão Governo libera R$ 4 bi para ampliar vagas de tempo integral em escolas Novo presidente da Fiocruz quer investimentos e reposição de pessoal Twitter Facebook instagram pinterest