INVESTIGAÇÃO Sobe para 179 os corpos de elementos de seita que morreram no Quénia Publicada em 12/05/2023 às 15:20 Segundo o comissário da polícia regional da costa do Quénia, Rhoda Onyancha, os novos corpos foram enterrados na floresta de Shakahola, no condado costeiro de Kilifi, onde prosseguem as escavações e as investigações. A polícia está também a tentar localizar 609 pessoas desaparecidas, disse Onyancha, embora não seja claro se todos os casos estão relacionados com o culto. O número de pessoas resgatadas com vida continua a ser de 72. Quase todos os mortos do chamado "massacre de Shakahola" foram exumados de sepulturas e valas comuns encontradas na floresta, com exceção de alguns que morreram no hospital em estado grave. As autópsias efetuadas a mais de uma centena de corpos revelaram que, embora todos apresentassem sinais de fome, os corpos de pelo menos três menores e de um adulto apresentavam também vestígios de estrangulamento e sufocação. As primeiras investigações policiais sugerem ainda que os fiéis foram forçados a continuar o jejum, mesmo que quisessem abandoná-lo. Na quarta-feira, o tribunal de Shanzu, na cidade costeira de Mombaça, ordenou que a detenção do líder da seita que alegadamente persuadiu as vítimas a jejuar, o pastor Paul Mackenzie Nthenge, juntamente com a sua mulher e outros 16 suspeitos, fosse prorrogada por 30 dias (a contar desde 03 de maio). Em 02 de maio, Nthenge e os outros detidos foram libertados pelo tribunal da cidade costeira de Malindi, depois de a acusação ter afirmado que tencionava apresentar acusações de terrorismo contra eles, o que o tribunal declarou não ter competência para fazer. No entanto, o pastor e os seus correligionários foram detidos minutos depois e levados para o tribunal de Shanzu, a cerca de 120 quilómetros de distância, onde a polícia pediu, sem sucesso, autorização para os deter por mais 90 dias. Hoje, o Presidente do Quénia, William Ruto, nomeou uma comissão de inquérito presidida pela juíza Jessie Lesiit para investigar os acontecimentos e determinar qualquer negligência administrativa ou de segurança que possa ter ocorrido. Nthenge, que se encontra sob custódia policial desde 14 de abril, dirige a Igreja Internacional da Boa Nova. Ex-taxista, o pastor foi preso em março passado depois de ter sido acusado da morte de duas crianças em circunstâncias semelhantes, mas foi libertado sob fiança. Fonte: Notícia ao Minuto - Portugal Leia Também Sobe para 179 os corpos de elementos de seita que morreram no Quénia TCE-RO e MPC-RO comemoram 40 anos com programação especial Após queda nos casos, OMS retira status de emergência em saúde por mpox PGR pede fim da tese de defesa da honra em casos de feminicídio Ex-premiê paquistanês é libertado após violentos protestos no país Twitter Facebook instagram pinterest