COMBATES VIOLENTOS Sudão: confrontos entre Exército e paramilitares já deixaram mais de 700 mil deslocados Publicada em 09/05/2023 às 15:01 Os combates violentos entre o Exército do Sudão e uma força paramilitar já deixaram mais de 700.000 deslocados internos desde o início do conflito em meados de abril, o dobro do número registrado até semana passada, informou a Organização Internacional para as Migrações (OIM) nesta terça-feira (9). Os combates provocaram quase 750 mortos e deixaram pelo menos 5.000 feridos, de acordo com a ONG Acled. "Atualmente há mais de 700.000 deslocados internos pelos combates que começaram em 15 de abril. É mais do que o dobro do número registrado na terça-feira da semana passada, que era de 340.000 pessoas", declarou Paul Dillon, porta-voz da OIM, a agência da ONU para as Migrações, em uma coletiva de imprensa. Antes dos combates, 3,7 milhões de pessoas já estavam registradas como deslocados internos no Sudão, recordou Dillon. "Muitos deslocados internos buscam refúgio nas casas de parentes, enquanto outros se reúnem em escolas, mesquitas e prédios públicos", explicou o porta-voz da OIM. Quase 150.000 pessoas fugiram para países vizinhos desde o início dos confrontos, de acordo com os números do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). “É muito difícil, neste momento, conseguir dinheiro vivo. Os caixas eletrônicos não estão funcionando, e o sistema bancário está paralisado. Combustível é difícil de encontrar e é caro", acrescentou o porta-voz da OIM. A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse na mesma reunião que 604 pessoas morreram e mais de 5.000 ficaram feridas desde o início do conflito. Caos e catástrofe O Sudão enfrenta um cenário de caos desde 15 de abril, quando explodiram os confrontos entre o Exército oficial, comandado pelo general Abdel Fatah al Burhan, e as paramilitares Forças de Apoio Rápido (FAR), lideradas pelo general rival Mohamed Hamdan Daglo. As negociações na Arábia Saudita para tentar obter um cessar-fogo estão paralisadas. "Não há nenhum avanço importante", declarou à AFP na segunda-feira uma fonte diplomática saudita que pediu anonimato. Os combates provocaram quase 750 mortos e deixaram pelo menos 5.000 feridos, de acordo com a ONG Acled. O conflito provocou diversos alertas das agências da ONU sobre uma crise humanitária "catastrófica". Fonte: RFI Leia Também Sudão: confrontos entre Exército e paramilitares já deixaram mais de 700 mil deslocados Estudo da Fundação Oswaldo Cruz alerta para uso crescente de fentanil no país MP Itinerante chega ao Distrito de Demarcação, no segundo dia de atendimento às comunidades ribeirinhas do Baixo Madeira Autópsias de vítimas de seita no Quênia revelam ausência de órgãos Tebet antecipa que inflação de abril será menor do que o esperado Twitter Facebook instagram pinterest