JUSTIÇA Exército tem 10 dias para explicar ida de Cid fardado à CPI do 8/1 Publicada em 27/07/2023 às 16:27 O Ministério Público Militar (MPM) solicitou que o Comando do Exército Brasileiro explique, em até dez dias, a suposta orientação para que o tenente-coronel Mauro Cid comparessesse fardado à audiência da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, no Congresso Nacional. A decisão do MPM atende à representação enviada pela deputada Luciene Cavalcante (PSol-SP). O procurador-geral Clauro Roberto de Bortolli entendeu que a ida de Cid fardado para oitiva que investiga envolvimento em crime pode vincular a imagem das Forças Armadas a atos ilícitos. Mauro Cid é ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O militar é investigado por supostamente participar de um plano golpista para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Presidência da República e fraudar cartões de vacina. “Por todas as condutas descritas e violações às normas citadas, o esperado seria o afastamento do cargo do tenente-coronel por incompatibilidade, de acordo com art. 44 do Estatuto dos Militares. No entanto, o convocado compareceu fardado ao depoimento e, para o espanto de todos, em nota o Exército afirmou ter sido uma orientação do comando da corporação. De acordo com arts. 76 e 77 do Estatuto dos Militares, o uso da farda simboliza a autoridade militar, assim como o seu uso pode ser vedado para militares inativos cuja conduta possa ser considerada como ofensiva à dignidade da classe”, pontuou o procurador. “O uso da farda pelo tenente-coronel o coloca como representante das Forças Armadas em depoimento como testemunha por envolvimento em um crime, maculando a imagem da instituição. Conforme o requerimento de convocação aprovado na CPMI, anexo, a justificação para a presença do tenente-coronel não envolve o Exército, mas apenas as suas condutas individuais, não tendo motivo para a orientação do uso da farda, portanto”, consta no ofício. Investigações Cid compareceu à última audiência da CPMI do 8 de janeiro antes do recesso parlamentar, em 11 de julho. O objetivo principal do encontro era questionar Mauro Cid sobre sua atuação em um plano golpista após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. No entanto, o militar, que chegou fardado ao Congresso, ficou calado. Em decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia havia determinado que o comparecimento de Cid à CPMI era obrigatório, mas que o militar teria o direito de ficar em silêncio e não responder a perguntas que o incriminassem. Fonte: Metrópoles Leia Também Exército tem 10 dias para explicar ida de Cid fardado à CPI do 8/1 Moradores do distrito de Nazaré são atendidos pelo Barco Saúde da Prefeitura Prefeitura publica edital do Procedimento de Manifestação de Interesse Social Ana Moser diz não ter controle sobre sua manutenção no ministério Município avança na implementação do projeto Cidades Inteligentes visando desenvolvimento sustentável Twitter Facebook instagram pinterest