VIGILÂNCIA OTAN aumenta vigilância no Mar Negro face a "ações perigosas" da Rússia Publicada em 26/07/2023 às 16:20 "Condenámos a saída da Rússia do acordo para os cereais, a sua cínica utilização da fome como uma arma, e as suas ações perigosas no Mar Negro", escreveu Jens Stoltenberg na rede social Twitter depois de uma reunião entre embaixadores do Conselho NATO-Ucrânia. Stoltenberg acrescentou que os Estados-membros da Aliança Atlântica aumentarão a vigilância naquela região. O Conselho NATO-Ucrânia foi formalmente criado no início do mês e a primeira reunião realizou-se logo após a conclusão dos trabalhos da Cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), na Lituânia. A organização tem como propósito aproximar ainda mais a Ucrânia do bloco político-militar e possibilitar sinergias entre o país invadido pela Federação Russa em 24 de fevereiro do ano passado e os 31 Estados-membros da Aliança Atlântica. O conselho foi considerado pelo Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, como um passo em frente para uma futura adesão da Ucrânia à NATO. A Rússia suspendeu no dia 17 de julho o acordo para exportação de cereais da Ucrânia através do Mar Negro, que estava a vigorar há quase um ano. Moscovo justificou a decisão de se retirar do acordo com o bloqueio das sanções ocidentais às exportações dos seus produtos e fertilizantes agrícolas. As exigências da Rússia para retomar a sua participação incluem a reintegração do seu banco agrícola, Rosselkhozbank, no sistema bancário internacional SWIFT, o levantamento das sanções sobre as peças sobresselentes para a maquinaria agrícola, o desbloqueamento da logística de transportes e dos seguros e o descongelamento de ativos. As autoridades russas pretendem ainda a reabertura do oleoduto Togliatti-Odessa, destinado à exportação de amoníaco, componente decisivo para os fertilizantes russos. Esta estrutura, fora de serviço desde o início do conflito em curso na Ucrânia, foi danificada por uma explosão a 05 de junho, ação que Moscovo atribuiu a Kiev. Na terça-feira, a Rússia defendeu, numa resposta à ONU, ser atualmente "impossível" retomar os acordos que permitiram a exportação de cereais ucranianos através do Mar Negro, insistindo que os compromissos com o lado russo não foram cumpridos. "Infelizmente, atualmente, é impossível retomar esse acordo, porque não foi cumprido", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, na habitual conferência de imprensa diária, feita telefonicamente. O secretário-geral da ONU, o português António Guterres, continua a tentar reavivar o acordo. A Ucrânia é origem de percentagem significativa dos cereais que chegam, por exemplo, a países em África e a União Europeia e a NATO acusam Moscovo de colocar em causa a segurança alimentar em grande parte do mundo. A Rússia tem atacado os portos ucranianos na região de Odessa, especialmente os terminais de exportação de cereais, numa base quase diária desde há uma semana. Fonte: Noticia ao Minuto - Portugal Leia Também OTAN aumenta vigilância no Mar Negro face a "ações perigosas" da Rússia Escalada das tensões: troca de acusações entre russos e checos eleva apreensões Irã diz que reduz enriquecimento de urânio se sanções forem aliviadas Prefeitura realiza recuperação de estradas vicinais Sebrae RO organiza pacote para viagem técnica ao Equipotel 2023 Twitter Facebook instagram pinterest