PONTÍFICE Papa denuncia tragédias de migrantes como 'vergonha para a sociedade' e pede ação urgente Publicada em 08/07/2023 às 10:29 "Nestes dias estamos a testemunhar repetidas e graves tragédias no Mediterrâneo, somos abalados por calamidades silenciosas diante das quais permanecemos impotentes e atónitos", lamentou Francisco numa carta escrita por ocasião do décimo aniversário da sua primeira viagem como pontífice à ilha italiana de Lampedusa. O Papa considerou que "a morte de inocentes, principalmente crianças, em busca de uma existência mais pacífica, longe das guerras e da violência, é um grito doloroso e ensurdecedor que não pode deixar-nos indiferentes", acrescentando que se trata de "uma vergonha de uma sociedade que não sabe chorar nem sentir empatia pelo próximo". A carta, datada de 20 de junho e dirigida ao arcebispo de Agrigento (sul de Itália), Alessandro Damiano, recorda o décimo aniversário da viagem que realizou a Lampedusa em julho de 2013, a primeira do seu pontificado num momento de grave crise migratória. Foi uma visita de alto valor simbólico que o Papa, como ele próprio explicou na carta, quis realizar para mostrar o seu "apoio e a paternal proximidade a quantos, depois de dolorosas aventuras no mar", chegaram às costas italianas. "Tais infortúnios desumanos devem comover absolutamente as consciências. Deus ainda nos pergunta: 'Adão, onde estás? Onde está o teu irmão?', questiona Francisco. "Queremos perseverar no erro, pretender colocar-nos no lugar do 'Criador', dominar para proteger os nossos próprios interesses, quebrar a harmonia constitutiva entre Ele e nós?", pergunta ainda o Papa. E responde: "Tem de se mudar de atitude. O irmão que bate à porta é digno de amor, aceitação e toda a pressa. É um irmão que, como nós, foi colocado na Terra para desfrutar do que existe e partilhá-lo em comunhão". Francisco sustentou que "todos são chamados a um renovado e profundo sentido de responsabilidade" e solidariedade com o imigrante, incluindo a Igreja. "Por isso é necessário que a Igreja, para ser profética, se esforce por colocar-se no caminho dos abandonados, saindo de si mesma, aplicando o bálsamo da fraternidade e da caridade nas chagas sangrentas que se marcam no corpo, as mesmas chagas de Cristo", afirmou. O pontífice argentino pediu aos que em Lampedusa e Agrigento se lembram da sua visita apostólica, que não fiquem "aprisionados no medo e na lógica parcial" e venham em auxílio dos imigrantes que chegam por mar. Fonte: Noticia ao Minuto - Portugal Leia Também Papa denuncia tragédias de migrantes como 'vergonha para a sociedade' e pede ação urgente Beneficiários do Prato Fácil podem acompanhar em tempo real a quantidade de refeições ainda disponíveis nos restaurantes Brasileiro é extraditado dos EUA após condenação por matar a própria mãe Acadêmicos e professores universitários dão início às atividades do Projeto Rondon que vai percorrer 12 municípios de Rondônia População de Porto Velho prestigia programação de celebração dos 150 anos de Santos Dumont com participação do Governo do Estado Twitter Facebook instagram pinterest