Após matéria do Fantástico sobre as joias de Bolsonaro, só coronel Chrisóstomo se pronuncia entre seus aliados de Rondônia

Com informações do Fantástico

Porto Velho, RO – Após o dominical Fantástico, da Rede Globo, abordar o caso das joias do ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, dentre seus aliados de Rondônia somente Coronel Chrisóstomo, seu correligionário, se manifestou.

Chrisóstomo postou uma Portaria de novembro de 2018 e escreveu:

“MEU DEUS, QUEREM INCRIMINAR O NOSSO CAPITÃO A QUALQUER CUSTO, COM MENTIRAS. Brasileiros, o nosso Brasil precisa de verdades. Nos ajudem!”. O parlamentar, no entanto, não explica como nem por que a documentação exposta isentaria Bolsonaro de responsabilidade no episódio.

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Fantástico vai a lojas nos Estados Unidos onde as joias presenteadas ao governo Bolsonaro teriam sido negociadas

Até às 09h15 desta segunda-feira, 14, os senadores Marcos Rogério e Jaime Bagattoli, também da mesma legenda, não se manifestaram.

A reportagem revelou que uma investigação da Polícia Federal nos Estados Unidos trouxe à tona esta semana o caso dos presentes luxuosos recebidos por Jair Bolsonaro durante seu mandato como presidente. De acordo com a lei, essas joias e relógios são considerados patrimônio da União.

Os correspondentes do programa, que estiveram em Nova York, Pensilvânia e Flórida, visitaram os locais onde os assessores de Bolsonaro supostamente negociaram tais peças de valor.

A joalheria em Miami é um dos estabelecimentos que chamou a atenção dos assessores de Bolsonaro, de acordo com informações da Polícia Federal. Eles eram os responsáveis pelas negociações dos presentes luxuosos concedidos por autoridades estrangeiras ao então presidente.

As investigações mostram um trajeto que se estende do norte ao sul dos Estados Unidos, mas o ponto de origem foi em outro país. Durante uma visita à Arábia Saudita em outubro de 2019, o presidente recebeu o que a Polícia Federal chama de "kit ouro branco" do governo saudita. O destaque desse kit é um relógio Rolex. Posteriormente, esse relógio e um outro da marca Patek Philippe foram vendidos em uma loja de um shopping na Pensilvânia.

Agora, a Polícia Federal está investigando se Jair Bolsonaro se beneficiou financeiramente com a venda desses relógios e solicitou a quebra dos sigilos bancário e fiscal, tanto do ex-presidente quanto de sua esposa, Michelle. Esse pedido está em análise no Supremo Tribunal Federal (STF).

A defesa de Bolsonaro afirmou que em março de 2023 solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU) o depósito dos itens, o que foi efetivamente realizado. Eles negam veementemente que tenham desviado bens públicos ou se apropriado deles. As contas do ex-presidente e de Michelle Bolsonaro, segundo a defesa, estão à disposição do Poder Judiciário.

A defesa de Michelle Bolsonaro também negou qualquer irregularidade em relação a esse assunto.

Por outro lado, o advogado Frederick Wassef alega estar sendo alvo de uma intensa campanha de fake news e mentiras de todas as formas. Ele afirma que nunca vendeu, ofereceu ou teve posse de qualquer joia, e tampouco auxiliou qualquer pessoa em negociações ou vendas.