ECONOMIA Argentina pega empréstimo de US$ 775 milhões do Catar para pagar ao FMI Publicada em 07/08/2023 às 10:43 O governo argentino anunciou que, nesta sexta-feira, 4, pagará ao Fundo Monetário Internacional (FMI) um vencimento de US$ 775 milhões (R$ 3,7 bilhões na cotação atual) pela primeira vez, mediante um empréstimo do Catar, à espera da aprovação de um desembolso do organismo de US$ 7,5 bilhões (R$ 36,3 bilhões). A operação de crédito contempla que o Catar empreste à Argentina Direitos Especiais de Saque (DES, dinheiro que os países reservam no FMI) pelo equivalente a US$ 775 milhões, de acordo com uma fonte do Ministério da Economia. "É a primeira vez na história que o Catar realiza uma operação de crédito com a Argentina", disse a mesma fonte, que pediu para não ser identificada, e afirmou que isso permitirá ao país sul-americano pagar o vencimento "sem usar reservas". O crédito foi negociado "em sigilo absoluto" pelo ministro argentino da Economia, Sergio Massa, com a equipe econômica do Catar. A Argentina busca evitar uma nova fuga de dólares de suas abaladas reservas internacionais. O empréstimo do Catar será aplicado nesta sexta-feira, 4, ao pagamento dos juros devidos ao FMI. Em seguida, será quitado com o desembolso que a Argentina espera receber do organismo multilateral, logo que sua diretoria executiva ratificar, em meados de agosto, a aprovação da quinta e da sexta revisões do acordo com o país. O empréstimo com o FMI foi tomado pela Argentina durante o governo de Mauricio Macri como um acordo de US$ 57 bilhões (R$ 276,4 bilhões). Ao assumir o cargo no final de 2019, o presidente Alberto Fernández renunciou às parcelas de desembolso pendentes, renegociando-as em 2021 como um acordo de US$ 44 bilhões (R$ 213,4 bilhões). Na segunda-feira passada, a Argentina pagou ao Fundo um vencimento de US$ 2,7 bilhões (cerca de R$ 13 bilhões) com iuanes de um "swap" vigente com a China e um empréstimo-ponte de US$ 1 bilhão (R$ 4,85 bilhões) da Corporação Andina de Fomento (CAF). As reservas internacionais da Argentina incluem, além de dólares, uma parte em ouro e também outros instrumentos, como o iuane do "swap" com a China. Na Argentina, desde 2019 está em vigor um sistema de controle cambial e várias taxas de câmbio funcionam em paralelo à oficial. Historicamente, os argentinos apostam no dólar para evitar a desvalorização de sua moeda, o peso, e esse comportamento se acentua com a proximidade de um processo eleitoral. No dia 13 de agosto, acontecem as eleições primárias para definir os candidatos que disputarão a eleição presidencial de 22 de outubro, quando também se renova metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado. Fonte: Exame.com Leia Também Argentina pega empréstimo de US$ 775 milhões do Catar para pagar ao FMI TV Assembleia estreia novo programa de entrevistas nesta segunda, às 12h Nova Unidade Básica de Saúde Frei Silvestre Promove Avanço na Saúde do município Vista de Weber suspende julgamento de licença paternidade no STF Semed lança Edital para contratação temporária de motorista de ônibus escolar Twitter Facebook instagram pinterest