ARTES & CULTURA ARL encontra acervo histórico em risco na biblioteca Municipal Francisco Meirelles Publicada em 25/08/2023 às 07:50 Em uma visita à biblioteca municipal Francisco Meirelles, em Porto Velho - RO, membros da Academia Rondoniense de Letras, Ciências e Artes (ARL), encontram parte da nossa história ”quase” esquecida, jazendo em uma sala quente e úmida, aguardando há mais de um ano para ser digitalizada. UM POUCO DE HISTÓRIA – DE TREZENTOS E NOVENTA ANOS ATÉ HOJE Relation aller Fürnemmen und gedenckwürdigen Historien, impresso a partir de 1605 por Johann Carolus, em Estrasburgo, Alemanha, é o primeiro jornal da história. O primeiro jornal impresso no Brasil, nas máquinas da Impressão Régia, no Rio de Janeiro foi a Gazeta do Rio de Janeiro (10 de setembro de 1808) e marca o início da imprensa no país. O Correio Braziliense veio meses antes, mas era impresso em Londres (1808). O primeiro jornal impresso na região que hoje é Rondônia foi o Humaytaense (29 de agosto de 1891), no município de Humaitá, hoje pertencente ao estado do Amazonas. O município ia desde a cachoeira de Santo Antônio até onde viria a ser Porto Velho. Os mais relevantes jornais de Rondônia: jornal Humaytaense; o Alto Madeira; o Parceleiro (primeiro jornal de Rondônia com distribuição nacional); o Guaporé; o Estadão do Norte; a Gazeta de Rondônia; o Diário da Amazônia. Destes, apenas o último ainda circula regularmente. A história da imprensa escrita no mundo remonta, pois, a mais de trezentos e noventa anos antes do surgimento da Internet. O primeiro jornal online foi ao ar em 1995 e chamava-se Personal Journal, uma versão digital do The Wall Street Journal (New York – USA). Aqui no Brasil, o ano acima citado também marcou a origem do jornal JB Online, o primeiro nacional na internet. Preservação de documentos: O primeiro scanner foi inventado em 1963, pelo engenheiro alemão Rudolf Hell. HOJE, SÉCULO 21, ANO 2023, MÊS AGOSTO Os membros da comissão da ARL: Vereador e historiador Alex Palitot; fotógrafo Rosinaldo Machado e jornalista e artista pástico Marco Aurélio Anconi, são recebidos pelo diretor da principal biblioteca de Rondônia, Carlos Augusto da Silva. Em uma sala úmida e quente, no primeiro andar da biblioteca municipal Francisco Meirelles, empilhados em prateleiras, encontram-se mais de cem anos da nossa história impressa. São exemplares de quase todos os noticiosos citados acima; a maioria em estado lastimável de conservação. Defensor da preservação da nossa história, Carlos Augusto lamenta a falta de apoio, de profissionais capacitados e, principalmente, de apoio político. “Depois de meses de espera (processo licitatório e outros entraves) recebemos o aparelho condicionador de ar que atende aos requisitos da sala onde está o acervo jornalístico. Agora falta a empresa ganhadora da licitação para a instalação do mesmo, terminar o serviço iniciados a mais de uma semana. Temos fé”. Continuando. “Temos um acervo de mais de 15 mil jornais, produções jornalísticas que retratam crônicas, lendas, fábulas, mitos, relatos e fatos históricos que marcaram a memória da população rondoniense”. A aquisição de um scanner de última geração, adequado para digitalização de livros e jornais, aconteceu já há alguns anos, mas a aparelhagem, completamente montada, está em desuso a mais de um ano, Segundo o fotógrafo e especialista, Rosinaldo Machado, “a falta de uso do equipamento pode causar a desregulagem e mesmo a degradação de um equipamento de centenas de milhares de Reais”. “A digitalização desse patrimônio histórico é de vital importância, para manter o estado de preservação dos periódicos, já que, por causa da ação do tempo, a qualidade de muitos jornais da época pode ter se perdido”, diz o diretor da Francisco Meirelles. Alex Palitot, encabeçando a comissão da ARL, após ouvir os relatos, ficou de buscar providências junto à Secretaria Municipal de Educação, órgão responsável pelo acervo histórico de Porto Velho. Há que se indicar culpados? Sabemos apenas que os funcionários da Francisco Meirelles estão isentos, pois fazem todo o possível para preservar o ”espólio” herdado de administrações anteriores. A falta de agilidade e propósito se deve apenas à burocracia, à falta de visão histórica, ou a soma dos dois? Fonte: Marco Aurélio Anconi Leia Também ARL encontra acervo histórico em risco na biblioteca Municipal Francisco Meirelles Presidente e diretores do Sindsef cumprem extensa agenda em Brasília para tratar de diversas demandas dos servidores Semasf realiza capacitação pelo Programa Mamãe Cheguei Prefeitura de Porto Velho garante ônibus em horários estendidos para a Expovel Sedam desenvolve trabalhos para controle efetivo do desmatamento em Rondônia Twitter Facebook instagram pinterest