CONFLITO Azerbaijão rompe cessar-fogo e bombardeia Nagorno-Karabakh Publicada em 20/09/2023 às 08:58 O governo do Azerbaijão anunciou, nesta terça-feira (19/9), o início do que chamou de “operações antiterroristas” na região de Nagorno-Karabakh, alvo de disputa entre azeris e armênios há décadas. Segundo o Ministério da Defesa do Azerbaijão, “apenas instalações e infraestruturas militares legítimas” são alvos da operação. Registros nas redes sociais, no entanto, mostram que bombardeios atingiram áreas residenciais. Segundo o governo local, pelo menos 25 pessoas morreram durante a nova incursão militar. Após o início da operação, o governo da Armênia disse que o Azerbaijão mente sobre a presença de militares ou equipamentos armênios em Nagorno-Karabakh. Yerevan ainda acusou Baku de tentar realizar uma “limpeza étnica” na região, historicamente povoada por armênios e controlada atualmente por um governo autônomo não reconhecido pela comunidade internacional. Disputa de décadas Alvo de disputas desde o início do século XX, Nagorno-Karabakh é uma região montanhosa localizada no atual território do Azerbaijão. Contudo, a população local é composta majoritariamente por armênios, que ocupam a região desde o Império Russo e reivindicam o controle da área. Durante a era da União Soviética, Armênia e Azerbaijão se tornaram repúblicas soviéticas e Nagorno-Karabakh foi colocada dentro das fronteiras azeris por Stalin. Mas, com o declínio da URSS, conflitos voltaram a emergir pelo controle da região, com armênios defendendo a unificação da área com o país do Cáucaso. As agressões foram interrompidas em 1994, após um acordo de cessar-fogo assinado pelos dois governos, com a Armênia tomando a região. Em 2020 o conflito eclodiu novamente, e uma guerra de seis semanas teve início até que um novo acordo de cessar-fogo fosse assinado por Yerevan e Baku sob a mediação de Moscou. Com o fim das hostilidades, o Azerbaijão retomou o controle de parte do território de Nagorno-Karabakh, e tropas russas foram enviadas para a região como uma força de paz que asseguraria o pacto. Fonte: Metrópoles Leia Também Azerbaijão rompe cessar-fogo e bombardeia Nagorno-Karabakh Moraes solta envolvidos em fraude de cartões de vacina de Bolsonaro Petrobras anuncia primeira gasolina carbono neutro no Brasil CNJ adia proposta para aumentar magistradas na segunda instância Marinha e PF fazem maior apreensão de cocaína no mar brasileiro Twitter Facebook instagram pinterest