JUSTIÇA Condenados por envolvimento na morte de Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, se entregam à Justiça Publicada em 14/09/2023 às 14:29 Os dois condenados por envolvimento na morte de Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, se entregaram na Vara de Execuções Penais, na noite desta quarta-feira (13). No fim do mês passado, uma decisão judicial determinou que Roberto Bussamra e Rafael Bussamra, pai e filho, voltassem à prisão pelo crime cometido em 2010. Eles foram condenados em janeiro de 2015 e, desde maio desse ano, não podiam mais recorrer a nenhuma instância da Justiça. Rafael e Roberto Bussamra se entregam à Justiça e estão presos Rafael Bussamra vai cumprir pela por ter atropelado Rafael em uma área que estava fechada para carros, e Roberto Bussamra por corromper policiais militares que estiveram na cena do atropelamento. Dos 12 anos e nove meses a que estava condenado, Rafael Bussamra, o atropelador, vai cumprir três anos e seis meses pelo crime de homicídio culposo, sem intenção de matar. E o pai dele, Roberto Bussamra, condenado inicialmente a oito anos e 11 meses, vai cumprir três anos e 10 meses por corrupção – o regime determinado pela Justiça é semiaberto. A atriz Cissa Guimarães comemorou, na manhã desta quinta, a prisão dos dois condenados. "Aliviada porque a justiça foi feita. Só Deus sabe o que eu passei nesses 13 anos com medo de que a impunidade vencesse. Ela não venceu. Essa vitória não é só minha ou da minha família. É de todos nós, da sociedade brasileira, contra a impunidade", disse a atriz. O acidente ocorreu em 2010 no Túnel Acústico, na Gávea, Zona Sul do Rio, que estava fechado para o tráfego de veículos. Segundo a 15ª DP (Gávea), que investigou o caso, Rafael andava de skate no local quando foi atropelado. A CET-Rio informou que, naquela noite, a pista ficou fechada ao tráfego de veículos das 1h10 às 4h10. A defesa dos condenados disse que o desfecho desse caso é inusitado e afirmou que se trata de um crime culposo, que não seria passível de prisão. Disse ainda que a condenação se deve ao fato de ser um caso de repercussão e que não acredita que o mesmo aconteceria se a vítima fosse um jovem de comunidade. Veja, abaixo, a cronologia do processo a partir dali: Janeiro de 2015 - na 16ª Vara Criminal do Rio (1ª instância), Rafael de Souza Bussamra foi condenado em 2015 a 7 anos de prisão em regime fechado e a mais 5 anos e 9 meses em semiaberto. O pai dele, Roberto Bussamra, foi condenado a 8 anos em regime fechado e a 9 meses em semiaberto. Na sentença, o juiz Guilherme Schilling destacou a atitude do pai em corromper os policiais militares, numa tentativa de acobertar o filho. Maio de 2016 - no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (na 2ª instância), a pena de Rafael diminuiu para 3 anos e 6 meses de detenção em regime semiaberto, acrescida da suspensão da habilitação para dirigir pelo mesmo período. Já a de Roberto, condenado por crime de corrupção ativa, baixou para 3 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão em regime semiaberto, mais pagamento de 18 dias-multa. No entanto, os desembargadores do TJ do Rio converteram as duas penas de prisão em restrição de direitos (prestação de serviços comunitários e limitação de fim de semana). O Ministério Público do Rio de Janeiro, então, recorreu ao STJ para pedir novamente a prisão; já a defesa dos réus recorreu, também STJ, para diminuir a pena mais ainda. 4 de dezembro de 2019 - no STJ, o ministro Jorge Mussi acatou parcialmente o recurso do MP e considerou descabida a aplicação de pena restritiva de direitos a Rafael e a Roberto. Junho de 2021 - a 5ª Turma do STJ manteve decisão de Jorge Mussi. A defesa dos réus, então, recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF). 10 de maio de 2023 - a ministra Rose Weber, do STF, negou recurso da defesa dos réus. 30 de maio de 2023 - a decisão transitou em julgado (ou seja, não havia mais espaço a recursos), e o processo voltou para o Tribunal de Justiça do Rio. 26 de julho de 2023 - a 16ª Vara Criminal do Rio (onde Rafael e Roberto foram condenados em primeira instância em 2015), determinou, então, o cumprimento do acórdão do STJ e a expedição da carta de execução da sentença definitiva. 13 de setembro de 2023 - os réus se entregaram à Justiça e foram presos. Fonte: G1 Leia Também Condenados por envolvimento na morte de Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, se entregam à Justiça SINDSEF-RO participa de reunião com a Bancada Federal em Brasília para reivindicar pautas do Ex-território Grupo de pesquisa da Unir organiza evento de rap na Universidade de Brasília Etapa da 3ª edição do Concacau é iniciada com visitas técnicas às propriedades participantes Tribunal de Contas do Estado-TCE-RO disponibiliza à sociedade Infraestrutura de Dados Espaciais Twitter Facebook instagram pinterest