INVESTIGAÇÃO Irmã de ministro é alvo de operação da PF contra desvios na Codevasf Publicada em 01/09/2023 às 10:02 A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (1º/9), a Operação Benesse com a finalidade de desarticular organização criminosa estruturada para promover fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro, envolvendo verbas federais da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). O principal alvo da ação é a prefeita de Vitorino Freire (MA), Luanna Rezende (foto em destaque), irmã do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União). Ela foi afastada do cargo. A cidade é reduto eleitoral da família do político. Juscelino Filho costumava fazer parcerias com a irmã via emendas. A PF apura o suposto uso, pelo ministro, de R$ 5 milhões de emendas para asfaltar uma estrada em frente à sua fazenda na cidade maranhense. A contratada foi uma empresa cujo dono, Eduardo José Barros Costa, é amigo de Juscelino Filho. Conhecido como Eduardo Imperador, ele também foi alvo da operação desta sexta. Segundo as denúncias, o engenheiro da Codevasf Julimar Alves da Silva Filho foi o responsável por assinar o parecer autorizando o valor orçado para a pavimentação. A PF chegou a pedir busca e apreensão nos endereços de Juscelino Filho, mas as medidas foram indeferidas por Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Operação Policiais federais cumprem 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STF, nas cidades de São Luís (MA), Vitorino Freire (MA) e Bacabal (MA). Também são cumpridas medidas cautelares como suspensão de licitações, proibição de celebração de contratos com órgãos públicos e indisponibilidade de bens. A investigação, iniciada em 2021, teve a sua primeira fase deflagrada em 20 de julho de 2022 (Operação Odoacro) e a segunda, em 5 de outubro de 2022 (Operação Odoacro II). Segundo a PF, a nova fase mira no núcleo público da organização criminosa. A investigação apurou que houve a indicação e o desvio de emendas parlamentares destinadas à pavimentação de ruas de um município do Maranhão. Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder por fraude a licitação, lavagem de dinheiro, organização criminosa, peculato, corrupção ativa e passiva. O nome da nova fase, “benesse”, foi escolhido porque o chefe do núcleo pública da quadrilha é suspeito de usar emendas parlamentares para incrementar o seu patrimônio. Suspeita de conluio Um processo aberto no Tribunal de Contas da União (TCU), em outubro do ano passado, apura a suspeita de que 32 empresas combinaram propostas entre si em licitações da Codevasf. A Corte de contas avalia que o conluio tenha gerado prejuízo aos cofres públicos — as licitações investigadas envolvem R$ 1,1 bilhão. Maior vencedora de contratos durante o governo Jair Bolsonaro, a empresa maranhense Engefort usava uma empresa de fachada para competir consigo mesma e vencer os certames, como revelaram os repórteres Flávio Ferreira, Mateus Vargas e Guilherme Garcia em 2022. Na representação da área técnica, de 18 de julho, são apontados os indícios de que as empresas cometeram conluio e fraude, como ligação entre as empresas, concentração e vantagens maiores, nas licitações apontadas como suspeitas, para as empresas concorrentes. Fonte: Metrópoles Leia Também Irmã de ministro é alvo de operação da PF contra desvios na Codevasf Hong Kong emite alerta máximo diante do super tufão Saola Produtores de Rondônia representam o Estado na maior vitrine do setor queijeiro: Expoqueijo 2023 Parceria da Prefeitura de Porto Velho com Sesi e Senai oferta cursos profissionalizantes para estudantes da EJA Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia julga como não prestadas as contas do MDB; PTB e PSDB; veja as sanções Twitter Facebook instagram pinterest