GUERRA NA UCRÂNIA Papa Francisco envia cardeal Zuppi a Pequim em busca de apoios para a paz Publicada em 12/09/2023 às 15:12 A missão de Zuppi, presidente da Conferência Episcopal Italiana, decorrerá entre quarta-feira, 13 de setembro, e sexta-feira, dia 15, anunciou hoje o Vaticano num breve comunicado. "A visita constitui um novo passo na desejada missão do Papa para apoiar medidas humanitárias e procurar caminhos que possam conduzir a uma paz justa" para o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, lê-se na nota de imprensa. A deslocação do cardeal Zuppi segue-se também à polémica desencadeada em agosto por declarações do Papa, numa mensagem enviada a jovens católicos russos enaltecendo a herança da "Grande Mãe Rússia" que indignou as autoridades ucranianas, que o acusaram de legitimar as iniciativas imperialistas passadas e presentes de Moscovo. Embora Francisco tenha depois argumentado que se referia apenas à herança cultural russa, Mykhailo Podolyak, o principal conselheiro do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou na passada sexta-feira que o Papa não poderá mediar o conflito na Ucrânia porque é "pró-russo". Hoje, numa mensagem divulgada na véspera da viagem do seu enviado à China -- país com o qual o Vaticano não mantém relações diplomáticas - para mediar a guerra da Ucrânia, Francisco apelou para que se procure "a audácia da paz". "Não basta o realismo, não bastam as considerações políticas, não bastam os aspetos estratégicos implementados até agora, é preciso mais, porque a guerra continua. Precisamos da 'audácia da paz'", sustentou o Papa num comunicado dirigido aos participantes num evento organizado pela Comunidade de Santo Egídio em Berlim. Segundo Francisco, "lamentavelmente, ao longo dos anos, não se construiu sobre a esperança comum, mas sobre interesses particulares e desconfiando dos demais". "Em vez de se derrubarem muros (como o de Berlim), construíram-se outros", observou, referindo conflitos em África e no Médio Oriente, mas também na Europa, como a guerra na Ucrânia, "um conflito terrível a que não se vê o fim e que fez mortos, feridos, causou dor e destruição". "Necessitamos da audácia da paz agora, porque demasiados conflitos persistiram durante demasiado tempo, tanto assim é que alguns deles parecem não ter fim, num mundo onde tudo avança rapidamente, só o fim das guerras parece lento. É necessária coragem para saber mudar apesar das adversidades", defendeu o chefe da Igreja Católica. A Rússia lançou a 24 de fevereiro de 2022 uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, de acordo com dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e fez nos últimos 18 meses um elevado número de vítimas não só militares como também civis, impossíveis de contabilizar enquanto o conflito decorrer. A invasão -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas. Fonte: Noticia ao Minuto - Portugal Leia Também Papa Francisco envia cardeal Zuppi a Pequim em busca de apoios para a paz Marina reafirma que decisão do Ibama contra Petrobras foi técnica Curso “Ela Pode” capacita mais de 50 mulheres em Porto Velho Semfaz realiza mais uma entrega de prêmios do programa "Minha Nota tem Valor para Vilhena" Defesa Civil de Porto Velho orienta como se proteger de tempestades e minimizar transtornos Twitter Facebook instagram pinterest