Rússia expulsa dois diplomatas dos EUA por ligações a caso de espionagem

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, os dois diplomatas declarados 'persona non grata' são o primeiro e o segundo secretários da embaixada norte-americana em Moscovo, Jeffrey Sillin e David Bernstein, tendo-lhes sido pedido para deixarem o território russo dentro de sete dias.

Para as autoridades russas, os dois diplomatas "realizaram atividades ilegais ao estabelecerem contactos com um cidadão russo, Robert Chonov, acusado de cooperação confidencial com um Estado estrangeiro" e de quem "receberam tarefas em troca de remuneração financeira com o objetivo de minar a segurança nacional da Rússia".

A embaixadora norte-americana em Moscovo, Lynne Tracy, foi convocada hoje para se deslocar ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia e foi informada desta decisão.

Estas expulsões ocorrem num momento em que as relações entre a Rússia e os Estados Unidos estão no seu ponto mais baixo, sobretudo por causa da invasão russa da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.

Robert Chonov, antigo funcionário do Consulado Geral americano em Vladivostok, no Extremo Oriente, foi indiciado no final de agosto pelos serviços de segurança russos, com acusações de ter recolhido informações desde setembro de 2022 sobre a ofensiva na Ucrânia e a mobilização militar para fornecer aos Estados Unidos, enfrentando oito anos de prisão.