PESQUISA Consumo de carne bovina volta a aumentar após alívio da inflação Publicada em 14/10/2023 às 09:26 O consumo de carne bovina pelos brasileiros voltou a aumentar em 2023. De acordo com o boletim de outubro de oferta e demanda da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a disponibilidade per capita da proteína deve chegar a 31,4 quilos por habitante neste ano, após cinco anos de queda. A alta, de 11,3% em relação a 2022, retoma o volume do período pré-pandemia. Entre os motivos para a alta do consumo em 2023 estão a maior oferta de carnes no mercado interno, a ligeira queda nas exportações e o alívio da inflação. Enquanto o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de setembro registrou avanço de 0,26%, a carne teve queda pelo nono mês consecutivo, de 2,1%. No acumulado de janeiro a setembro deste ano, o preço da carne bovina já caiu 11,55%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A inflação oficial no período é de 3,5%. Os cortes que mais recuaram foram o filé-mignon (-16,17), a alcatra (-14,58%), o fígado (-14,47%), o contrafilé (-13,85%) e a picanha (-13,53%), no acumulado deste ano. “O aumento na quantidade de carnes produzidas no país é um dos fatores que sustentam a tendência de queda nos preços ao consumidor. Muito da deflação registrada vem da carne, que está mais barata para o consumidor”, afirmou o presidente da Conab, Edegar Pretto, em nota. Para a Abras (Associação Brasileira de Supermercados), o consumo de proteínas foi favorecido pela maior oferta no mercado interno e pela melhora da renda dos consumidores. “A estabilidade de renda combinada com a queda nos preços dos alimentos permitiu ao consumidor acrescentar mais itens na cesta de abastecimento dos lares e buscar itens de valor agregado, a exemplo da carne bovina”, analisa o vice-presidente da Abras, Marcio Milan. Outras proteínas seguiram a tendência de queda registrada nos meses anteriores: frango congelado (-12614%) e carne de porco (-5,46), no acumulado de janeiro a setembro. Já os ovos registraram queda pelo segundo mês consecutivo, de 4,96%. A queda do preço de cada corte De janeiro a setembro de 2023, em %: • carnes em geral: -11,55; • fígado: -14,47; • cupim: -4,82; • contrafilé: -13,85; • filé-mignon: -16,17; • alcatra: -14,58; • patinho: -11,30; • lagarto redondo: -8,51; • lagarto comum: -11,11; • músculo: -10,09; • pá: -12,53; • acém: -12,61; • peito: -9,25; • capa de filé: -11,74; • costela: -11,89; • picanha: -13,53. Fonte: IPCA de setembro Somados os três principais tipos de proteína animal consumidos pelos brasileiros — a bovina, a suína e a de frango —, o consumo atingirá 102,6 quilos por habitante ao ano — o segundo maior índice já registrado, inferior apenas ao de 2013. De acordo com os dados da Conab, nos últimos anos o consumo de carne bovina despencou no país. Em 2018, cada brasileiro comeu, em média, 35,5 quilos de carne. No ano seguinte, o consumo médio foi de 32,2 quilos. Em 2020 e 2021, ficou estabilizado em um pouco mais de 29 quilos. E, no ano passado, recuou para 28,2 quilos por habitante. Fonte: R7 Leia Também Consumo de carne bovina volta a aumentar após alívio da inflação Banco do Brasil negocia pela primeira vez créditos de carbono no mercado externo Eclipse anular do sol poderá ser visto neste sábado do Brasil Cerca de 8 mil pessoas prestigiaram o Dia das Crianças e entrega de mais de mil bicicletas em Cacoal Passa de 700 o número de brasileiros repatriados de Israel Twitter Facebook instagram pinterest