DECISÃO POLÊMICA Israel pretende banir canais estrangeiros de notícias durante a guerra Publicada em 20/10/2023 às 10:24 O governo de Israel anunciou, nesta sexta-feira (20/10), uma série de regulamentos de emergência que visam fechar emissoras internacionais no país durante a guerra com o Hamas alegando que algumas coberturas “prejudicam a segurança nacional”. A entrada em vigor das regras ainda depende de procedimentos burocráticos. “Israel está em guerra em terra, no ar, no mar e na frente da diplomacia pública. Não permitiremos de forma alguma transmissões que prejudiquem a segurança do Estado”, disse o ministro das Comunicações israelense, Shlomo Karhi, em nota. A censura de canais estrangeiros no país coincide com o momento em que o governo de Benjamin Netanyahu é criticado por parte da mídia, principalmente a árabe, por sua atuação na Faixa de Gaza. Recentemente, o Israel foi alvo de uma disputa de narrativas com grupos palestinos após o bombardeio do hospital Ahli Arab, no norte de Gaza. Após o ataque, Israel alegou que a Jihad Islâmica teria sido o responsável pelo lançamento do míssil. Contudo, o argumento israelense foi refutado não só pelo grupo, como também pela Al Jazeera, que trouxe supostas provas de que o disparo foi feito por forças israelenses. No comunicado divulgado nesta manhã, a emissora financiada pelo governo do Catar é a única citada, dando a entender ser o principal alvo do governo de Israel. “As transmissões e reportagens do canal Al Jazeera constituem um incitamento contra Israel, servido ao Hamas e Daesh (Estado Islâmico) e às organizações terroristas na propaganda e encorajando a violência contra Israel, prejudicando assim a segurança do Estado”, disse o ministro. A medida de banimento ainda precisa da aprovação do Ministro da Defesa, Yoav Gallant, e do Gabinete de Segurança, o que deve acontecer segundo o ministro das Comunicações israelense. Cobertura perigosa O governo de Israel é bastante criticado pro sua atuação contra jornalistas que cobrem os conflitos no contexto da atuação israelense na Palestina. Um casos mais emblemáticos aconteceu em maio do ano passado, após a correspondente da Al Jazeera Shireen Abu Akleh ser morta com um tiro na cabeça em Jenin, na Cisjordânia ocupada, mesmo identificada como profissional da imprensa. Na época, Israel negou que o disparo teria partido de seus soldados, mesmo com diversos jornalistas presentes no local afirmando que no momento do assassinato não havia um combate com palestinos. Desde o último dia 7 de outubro, quando a guerra entre Israel e Hamas teve início, 21 profissionais de imprensa já morreram e outros oito ficaram feridos, segundo o Comitê de Proteção a Jornalista (CPJ). Deste número, 17 eram jornalistas palestinos, 3 israelenses e 1 libanês. Segundo inf0rmações do comitê, a maioria das mortes acontece após ataques israelenses. Fonte: Metrópoles Leia Também Israel pretende banir canais estrangeiros de notícias durante a guerra Palestras sobre eficiência energética, bioinsumos e sementes da Amazônia encerram evento em grande estilo em Porto Velho Matrículas abertas para cursos de motoristas especializados, em municípios de Rondônia Edital de Chamada Pública do Governo de Rondônia convida pesquisadores para apresentação de projetos voltados às cadeias produtivas Pronto Socorro João Paulo II registra queda de 71% na ocupação de leitos extras na unidade Twitter Facebook instagram pinterest