CONFLITO NO ORIENTE MÉDIO Autoridades liberam 6ª lista para saída de Gaza, ainda sem brasileiros Publicada em 08/11/2023 às 08:51 O grupo de brasileiros e familiares à espera da repatriação pelo Brasil segue na expectativa de deixar a Faixa de Gaza. Nesta quarta-feira (8/11), venceu o prazo dado pelo chanceler de Israel, Eli Cohen, para incluir o grupo na lista de pessoas autorizadas a cruzarem a fronteira entre o território palestino e o Egito. A sexta lista saiu, mas ainda sem nomes de brasileiros. A nova relação conta com 601 civis. São ucranianos (228), filipinos (107), norte-americanos (100), alemães (75), romenos (51) e canadenses (40). No total, há 34 brasileiros e familiares na lista de espera do Itamaraty para serem trazidos ao Brasil. O grupo está dividido em duas localidades: 18 na cidade fronteiriça de Rafah, que liga a Faixa de Gaza ao Egito; e 16 em Khan Yunis, a 10 km da passagem. A passagem de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, tem recebido estrangeiros e palestinos feridos desde 1º de novembro. No entanto, apenas têm autorização para cruzar a fronteira aquelas pessoas cujos nomes constam em uma lista elaborada por autoridades do Egito e de Israel — ela é divulgada a cada dia. Até o momento, as autoridades liberaram seis listas, com centenas de nomes. Em nenhuma delas, porém, constavam os 34 brasileiros e familiares que seguem à espera de autorização para deixar a região. Os critérios não estão claros sobre a seleção dos estrangeiros, o que tem rendido acusações de que a lista estaria beneficiando aliados políticos. Como mostrou a coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, conversou com sete chanceleres sobre os brasileiros em Gaza. Até a noite dessa terça-feira (7/11), o Itamaraty não tinha definição sobre se o grupo seria incluído na próxima lista de estrangeiros a cruzarem a fronteira de Rafah. Ao Metrópoles a pasta informou que não é possível ter confirmação da partida antes de sair a lista oficial. Ainda que sem definição, o plano segue formado: veículos estão mobilizados perto de Rafah, à espera do sinal verde do Egito para buscar os brasileiros por terra e, depois, encaminhá-los ao aeroporto do Cairo, no Egito, onde serão repatriados pela Força Aérea Brasileira (FAB). Conflito longe do fim Nessa terça-feira (7/1), a guerra entre Israel e o Hamas completou um mês. Em 7 de outubro, o conflito registrou uma escalada histórica, a partir de um ataque surpresa do grupo contra civis em Israel. A ação desencadeou sucessivas retaliações israelenses contra a Faixa de Gaza por meio de bombardeios e incursões terrestres. Até o momento, a guerra resultou em cerca de 11,7 mil mortos, somados ambos os lados. Em Israel, foram 1,4 mil óbitos, enquanto do lado palestino foram 10,3 mil mortes. Nesse contexto, a população da Faixa de Gaza, estimada em cerca de 2,2 milhões, segue imersa em uma crise humanitária. O conflito não dá sinais de acabar. Nessa terça, o governo de Israel informou ter invadido a cidade de Gaza por terra e identificado o bunker onde está Yahya Sinwar, um dos líderes do Hamas, considerado o n° 2 do grupo. Em pronunciamento televisionado, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, declarou que rejeita qualquer ideia de cessar-fogo e que as Forças de Defesa de Israel estão “no coração” da cidade de Gaza. No mesmo dia, segundo o portal Times of Israel, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que não haverá cessar-fogo até que os reféns mantidos pelo Hamas sejam libertados. Ele ressaltou que a população de Gaza se dirija ao sul, e reafirmou que Israel não interromperá as ações. Fracasso em garantir a paz Em evento para investidores, na manhã desta terça-feira (7/11), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, classificou como “lamentável e moralmente inaceitável, que, uma vez mais, o Conselho de Segurança não tenha conseguido estar à altura de seu nobre mandato”. O chanceler brasileiro ainda destacou que o país, na presidência do colegiado, em outubro, mobilizou todos os esforços para reverter a paralisia do conselho em favor de uma solução para o conflito que tensiona o Oriente Médio. O Conselho de Segurança, em outubro, apreciou quatro minutas de resolução para frear o conflito entre Israel e o Hamas, mas nenhuma passou. O principal entrave para aprovação de um texto é o poder de veto dos países membros permanentes do colegiado. A minuta brasileira, por exemplo, garantiu a maioria dos votos, mas acabou vetada pelos Estados Unidos. A delegação norte-americana discordou da aprovação pelo texto não citar o direito à autodefesa de Israel. Diante da falta de consenso do colegiado, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução que pedia trégua humanitária em Gaza. O texto, porém, tem caráter apenas recomendatório. O governo de Israel não acatou a medida e classificou o apelo como “desprezível”. Fonte: Metrópoles Leia Também Autoridades liberam 6ª lista para saída de Gaza, ainda sem brasileiros STJ adia julgamento que pode restabelecer condenação de Ustra Senado aprova Lei Orgânica Nacional das Polícias Militares TSE cassa deputado federal por infidelidade partidária Gabarito oficial do Enem 2023 será divulgado até o dia 24 de novembro Twitter Facebook instagram pinterest