Jogador rondoniense, Bruno Arrabal, se destaca e segue rumo ao continente africano

Nas fronteiras do futebol, Bruno Arrabal encara os desafios. Originário de Rondônia, o atleta traçou sua história rumo ao continente africano, mas antes teve passagens por diversos times. Sua trajetória é marcada por uma jornada que ultrapassou fronteiras, percorrendo quatro continentes. O atleta já integrou equipes em diversos países, desde o Brasil até o do seu atual time, o Líbia.

Bruno Arrabal encara seu sonho sendo realizado em conhecer vários países e jogar fora. Diante disso, compartilhou com o ge.globo/ro sobre sua carreira profissional. Ele diz que diferentes vivências na cultura o ajudam a se realizar no futebol.

- Para mim é uma grande realização, em poder conhecer culturas e tradições bem diferentes - destaca Bruno.

Desde a temporada 2015/16, Arrabal ganha oportunidades mundo afora. O meio-campista estava atuou pelo Drenica, do Kosovo, já jogou no Arberia e Llapi, do mesmo país, Burgan, do Kwait, Kamza, da Albânia, Buru, das Ilhas Maldivas, Naft Missan Club, do Iraque, e Ethnikos Achnas, do Chipre, fora do país. No Brasil, o jogador passou por Tupi-MG, Duque de Caxias-RJ, Remo-PA, Vilhena e Atlético Sorocaba. Motivos que o faz ter condições de analisar a maneira de atuar de cada local.

- Na América do Sul, o futebol é mais qualitativo; na Europa, há qualidade, mas se destaca mais a força. Na Arábia, o futebol ainda está atrasado em comparação com a Europa, devido ao calor, e na África, prevalece a força - acredita.

A mudança começou aos 25 anos, quando recebeu a proposta para jogar fora em 2015, saindo do Brasil em busca de novos desafios no Chipre.

Sobre as diferenças notáveis ao se adaptar a novos países, Bruno destaca sobre a frequência dos gêneros no mesmo ambiente e jeitos culturais.

- Principalmente a cultura árabe é diferente em comer com as mãos. Homens e mulheres não frequentam os mesmos ambiente. Tem que se adaptar - comenta.

Bruno, também encara o desafio para aprender o idioma arábe. Apesar das barreiras linguísticas, ele está em processo de entender o idioma.

- Eu não falo árabe, e isso é um grande problema até hoje, mas venho tendo uma aprendizagem - afirma

Pai de família, Bruno enfatiza a importância de manter sua identidade brasileira.

- Tento manter a minha fé como cristão, e faço as coisas em casa como um bom brasileiro - destaca.

Arrabal também ressalta as dificuldades enfrentadas por jogadores em mercados alternativos

- Infelizmente, nós jogadores que atuamos em alguns mercados alternativos sofremos muitas coisas, como a dificuldade de levar a família devido a questões diversas. O aspecto mais desafiador é a rigidez da religião nesses países - ressalta

Na jornada como atleta, a esposa acompanhou Bruno em duas nações, Chipre e Kosovo. A decisão de jogar fora do Brasil, segundo ele, foi motivada por razões financeiras, revelando os desafios e recompensas de uma carreira internacional no futebol.