PONTÍFICE Papa apela para fundo contra fome financiado com dinheiro usado em armas Publicada em 02/12/2023 às 09:48 Numa comunicação à 28.ª conferência das Nações Unidas sobre alterações climáticas (COP28) lida pelo secretário de Estado do Vaticano Pietro Parolin, Francisco pede ainda que a chamada cimeira do clima seja "um ponto de viragem" para "uma aceleração decisiva em direção à transição ecológica" e que não se culpem os países mais pobres, responsáveis por "apenas 10% das emissões poluentes" e "vítimas" das alterações climáticas. "Com o dinheiro que é usado para armas e outras despesas militares, criemos um fundo mundial para acabar com a fome de uma vez por todas e para realizar atividades que promovam o desenvolvimento sustentável dos países mais pobres, para combater as alterações climáticas", afirmou o papa, que não pode estar presente na COP28, que decorre no Dubai até 12 de dezembro, por causa de uma inflamação pulmonar. "Quanta energia está a ser desperdiçada pela humanidade nas muitas guerras em curso, em Israel e na Palestina, na Ucrânia e em muitas regiões do mundo", questionou o papa. Francisco, que questionou sobre "quantos recursos são desperdiçados em armamentos", afirmou que aqueles conflitos "não resolvem os problemas, antes os aumentam" e "destroem vidas e arruínam a casa comum". O papa apontou como solução o "multilateralismo", tanto na proteção do ambiente como na procura da paz, considerando que estas são "as questões mais urgentes e estão mutuamente relacionadas". O chefe de Estado do Vaticano recordou os passos dados no Rio de Janeiro, em 1992, e em Paris, em 2015, mas avisou que "é agora urgente relançar o caminho", pelo que disse que esta COP tem que ser "um ponto de viragem, manifestando uma vontade política clara e tangível, que conduza a uma aceleração decisiva para a transição ecológica, através de formas que tenham três características: que sejam eficientes, que sejam vinculativas e que possam ser facilmente monitorizadas". O caminho, disse, passa por quatro domínios: "Eficiência energética, fontes renováveis, eliminação dos combustíveis fósseis e educação para estilos de vida menos dependentes dos combustíveis fósseis", enumerou. Francisco lembrou que é necessário "garantir que o futuro não seja negado" às próximas gerações e alertou para a "ambição de produzir", criticando as posições inflexíveis, que "tendem a proteger os seus próprios rendimentos e os das suas empresas". O discurso de Francisco não esqueceu as "populações indígenas, a desflorestação, o drama da fome, a insegurança hídrica e alimentar, nos fluxos migratórios provocados", considerando "justo encontrar formas adequadas de anular a dívida económica que pesa sobre vários povos, tendo em conta a dívida ecológica que existe a favor deles". "É uma questão de não adiar mais, não apenas de desejar, mas de fazer o bem para os vossos filhos, para os vossos cidadãos, para os vossos países, para o nosso mundo (...) é para isso que serve o poder, para servir (...), a história agradecer-vos-á por isso", disse. Fonte: Noticia ao Minuto - Portugal Leia Também Papa apela para fundo contra fome financiado com dinheiro usado em armas Prefeitura de Jaru apresenta Propostas Preliminares do processo de revisão do Plano Diretor Funcet de Ariquemes abre chamamento público para contratação de empresa que atuam no ramo da gastronomia Rolim de Moura: UBS Eni Correia em Nova Estrela, promove evento de encerramento dedicado ao Novembro Azul Prefeitura de Porto Velho apoia evento de promoção do Ecossistema Local de Inovação Twitter Facebook instagram pinterest