CONFLITO NO ORIENTE MÉDIO Trégua entre Israel e Hamas acaba com soltura de 345 reféns e prisioneiros Publicada em 02/12/2023 às 08:58 Após não chegarem a um novo acordo sobre a extensão da trégua, Israel e Hamas retornaram ao campo de batalha. Por sete dias, os dois lados do conflito interromperam as ofensivas, de forma a permitir a libertação de reféns, pelo lado dos extremistas, em troca da libertação de prisioneiros palestinos, do lado de Israel. O período contabilizou 345 solturas. Durante a vigência do acordo, o Hamas libertou 105 reféns que haviam sido capturados no ataque de 7 de outubro a Israel. Desse grupo, 81 são israelenses e 24, estrangeiros, esses negociados fora do acordo. Do grupo de israelenses, três reféns de cidadania russa tiveram a libertação negociada por Moscou. O grupo extremista destacou a soltura como um gesto de retribuição ao apoio prestado pelo presidente Vladimir Putin. O acordo firmado entre Israel e o Hamas representou um alívio para as famílias dos reféns, que, após mais de 50 dias de guerra ininterrupta, reencontraram parte dos capturados. Ainda assim, segundo a mídia israelense, Israel estima que o número de reféns ainda sob custódia do Hamas e de outros grupos da região seja de 137. Libertação de prisioneiros O acordo firmado entre os dois lados do conflito previa que, em troca da libertação de reféns, Israel soltasse prisioneiros e detidos palestinos. Somados os sete dias de trégua, o lado isralense permitiu a soltura de 240 prisioneiros. A maior parte dos palestinos soltos é formada por mulheres e menores de 18 anos. Além disso, houve um incremento significativo na entrada de ajuda humanitária em Gaza, o que representou um alívio na situação de crise humanitária instalada na região. A população do enclave palestino, estimada em mais de 2 milhões, lida com escassez de água, alimentos, remédios e combustíveis em razão de um cerco promovido por Israel. Desde 7 de outubro, o território palestino está sob a ofensiva de Israel, após o Hamas ter empreendido um ataque surpresa ao país. O grupo extremista, na ação, matou mais de 1,2 mil pessoas e sequestrou 240 reféns. A partir de então, Israel passou a promover retaliações à Faixa de Gaza, com incursões terrestres, ataques aéreos e cerco à região. De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, dominado pelo Hamas, o número de mortos passa dos 15 mil. Retomada do conflito Nessa sexta-feira (1º/12), Israel e Hams retomaram as ofensivas. De acordo com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o Hamas não concordou em libertar mais reféns, como o combinado. Assim, infringiu os termos da trégua, e a guerra continuou. De acordo com o gabinete de Netanyahu, o Hamas não libertou todas as mulheres reféns e ainda lançou foguetes contra Israel. “Com o recomeço dos combates, enfatizamos que o governo israelense está empenhado em alcançar os objetivos da guerra: libertar os nossos reféns, eliminar o Hamas e garantir que Gaza nunca representará uma ameaça para os residentes de Israel”, postou o gabinete do primeiro-ministro. Já o Hamas alega que Israel não aceitou proposta para libertar mais prisioneiros. Em comunicado, o grupo informou que os israelenses recusaram “todas estas ofertas porque tinham [tomado] decisão prévia de retomar a sua agressão criminosa contra a Faixa de Gaza”. Acordo As cláusulas iniciais previam a libertação de 50 reféns israelenses em troca da soltura de 150 prisioneiros palestinos e trégua de quatro dias. O acordo, intermediado pelo Catar, foi cumprido entre 24 e 27 de outubro. Perto do fim do prazo, os dois lados decidiram estender o acordo em mais dois dias, no caso, 28 e 29 de outubro. Poucos minutos antes da finalização da extensão, na quinta (29/11), os Israel e Hamas concordaram em estender a trégua por mais um dia. Fonte: Metrópoles Leia Também Trégua entre Israel e Hamas acaba com soltura de 345 reféns e prisioneiros Cientistas alemães e peruanos descobrem nova variedade de perereca na Amazônia Combate ao assédio e discriminação no ambiente de trabalho é debatido em evento da Saúde em Porto Velho Presidente em exercício defende menos exceções na reforma tributária Tribunal Superior Eleitoral encerra testes públicos de urnas para as eleições de 2024 Twitter Facebook instagram pinterest