AVANÇO Rússia rompe paralisia da guerra e fica perto de conquistar 2ª maior cidade da Ucrânia Publicada em 14/05/2024 às 16:25 O cenário de estagnação que marcou a guerra da Ucrânia durante cerca de um ano ficou para trás. Aproveitando a demora da chegada de mais ajuda do Ocidente para tropas ucranianas, a Rússia conseguiu avançar sobre frentes de batalha no leste, criou novas no norte e agora se aproxima da conquista da segunda maior cidade ucraniana. O governo da Ucrânia já trabalha com o cenário de uma ofensiva russa ainda maior nas próximas semanas. Pesa o fato de que, com a falta de ajuda do Ocidente, as forças da Ucrânia estão em menor número em infantaria, blindados e munições atualmente nas frentes de batalha. Por isso, o Exército ucraniano está na defensiva ao longo da linha de frente, que tem uma extensão de cerca de 1.000 quilômetros, e tenta construir linhas de defesa mais fortes. Segundo o Instituto para o Estudo da Guerra, think tank dos Estados Unidos que monitora diariamente a situação nas frentes de batalha dos principais conflitos ativos no mundo, a situação na Ucrânia neste momento é a seguinte: As forças russas têm avançando principalmente de Kharkiv, com incursões no norte e nordeste da cidade, e estão perto de conquistá-la; No leste, a posição atual da Rússia, de dominação de quase toda a região, permite que tropas do país podem escolher "múltiplas direções" para avançar em Avdiivka, em Donetsk; Fora da Ucrânia, o Kremlin tem investido em uma campanha contra países da Otan, utilizando interferências no GPS e sabotando infraestruturas logísticas militares. Além de ser a maior cidade depois da capital Kiev, Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, é também um importante centro industrial e científico da Ucrânia, além de ter se tornado um dos símbolos da resistência na guerra. As tropas da região foram as que mais resistiram a ataques russos ao longos dos mais de dois anos de guerra. Por isso, uma eventual vitória da Rússia na cidade pode também ter um peso simbólico e ser uma das importantes da guerra. O avanço, na avalição do instituto, aconteceu por uma combinação de fatores planejados e não planejados dentro e fora da Rússia: Após perder milhares de soldados e artilharia e veículos de guerra no primeiro ano de guerra, a Rússia conseguiu reorganizar sua estrutura militar com o tempo e graças a manobras na economia que conseguiram bancar e manter os altos gastos na guerra; No cenário externo, a demora para a ajuda dos EUA, o principal financiador externo da Ucrânia, também favoreceu. Equipamentos e artilharias da Ucrânia foram se deteriorando e tornando as linhas de frente de Kiev mais frágeis e perenes. Ajuda Em abril, o Congresso dos Estados Unidos aprovou um pacote de ajuda para a Ucrânia de US$ 60,8 bilhões (cerca de R$ 318 bilhões). Embora bilionária, a ajuda demorou meses para sair, após forte resistência do Partido Republicano em liberar mais verbas para guerras fora do país. Em uma postagem nas redes sociais, Zelensky reclamou da demora e disse que “nem todos os nossos parceiros estão atualmente cumprindo os acordos em tempo hábil”, embora não tenha especificado quais. Nesta terça, ele recebeu em Kiev o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken. Diante da demora, o Kremlin redirecionou as táticas de guerra e buscou explorar a escassez de munições e de mão-de-obra por parte da Ucrânia. Nos primeiros dias da guerra, a Rússia fez uma tentativa fracassada de atacar rapidamente Kharkiv, mas recuou um mês depois. Sete meses depois, o exército da Ucrânia expulsou as forças do Kremlin de Kharkiv no Outono de 2022. O ousado contra-ataque ajudou a persuadir os países ocidentais de que a Ucrânia poderia derrotar a Rússia no campo de batalha e merecia apoio militar. Fonte: G1 Leia Também Rússia rompe paralisia da guerra e fica perto de conquistar 2ª maior cidade da Ucrânia Sucesso de Público no Festival de Música Madeira Mamoré em Porto Velho Argentina e Uruguai facilitam fluxo de cargas com destino ao RS Israel denuncia presença de homens armados em sede de agência da ONU em Rafah Alemanha enfrenta desafios com mais de 600 mil moradores de rua Twitter Facebook instagram pinterest