TAFENOQUINA Capacitação sobre novo tratamento da malária encerra com destaque para avanços na saúde da capital Publicada em 24/06/2024 às 09:36 Profissionais de saúde que atuam no manejo clínico da malária, receberam o treinamento especializado do teste G6PD e da tafenoquina, metodologia avançada para tratamento da doença. A capacitação foi proporcionada pela Prefeitura de Porto Velho, através da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) e também contou com a parceria do Centro de Pesquisa em Medicina Tropical (Cepem). O workshop reuniu diversos profissionais de saúde, como: microscopistas, médicos, enfermeiros, farmacêuticos, biomédicos, bioquímicos, atendentes de farmácia, agentes de combate a endemias, entre outros. Secretária Municipal de Saúde, Eliana Pasini, destacou a importância da implementação da metodologia no município. “É uma alegria estar aqui hoje, em um momento tão importante como esse. Esse novo teste G6PD, junto com a tafenoquina, que é um medicamento de dose única para tratamento da malária, é um avanço no combate a essa doença que é mais comum aqui na Região Norte. Essa capacitação é um dos passos para garantir a aplicação deste remédio na população que tanto precisa”. O treinamento aconteceu durante três dias. As atividades realizadas envolveram aplicação de conteúdos teóricos e ações práticas, a fim de proporcionar um conhecimento de qualidade aos profissionais que atuam no manejo clínico da malária. Durante a capacitação, foi apresentado, também, o cenário epidemiológico da malária em Porto Velho. Em, 2022 foram 7.225 casos confirmados na capital. No ano seguinte, em 2023, 7.273 pessoas tiveram a doença. Com esse panorama, após a implementação do novo protocolo de tratamento, o país caminha para a eliminação da malária até 2035. A capacitação contou, também, com a participação de uma equipe técnica do Ministério da Saúde. Segundo Alexander Vargas, coordenador da Coordenação de Eliminação da Malária do MS, a capacitação dos profissionais é fundamental para a implementação da nova metodologia. “Esse treinamento que envolve todos os profissionais de saúde que atuam no diagnóstico e tratamento da malária, é fundamental para que possamos garantir a melhor implementação da metodologia (teste G6PD + tafenoquina). Esse medicamento é inovador, por ser dose única, e eficaz, pois garante uma aceitação melhor do paciente, evitando a recaída”, analisou Alexander Vargas. Um dos profissionais que participou da capacitação, o microscopista que atua na rede municipal de saúde, José Roberto, destacou como o treinamento vai colaborar na aplicação da nova metodologia. “Esse treinamento é muito importante porque nós vamos direcionar o treinamento necessário ao paciente. Aqui, estamos tendo a oportunidade de conhecer mais a metodologia, como o medicamento se comporta e a quem ele é direcionado, sem dúvidas, um avanço para o tratamento da malária”, pontuou o microscopista. METODOLOGIA O teste G6PD + a tafenoquina é uma metodologia inovadora incorporada pelo Ministério da Saúde em 2023. Ela é aplicada da seguinte forma: Um paciente com suspeita de malária realiza a testagem para a doença. Caso o diagnóstico seja positivo, este indivíduo será submetido ao teste G6PD, que é um exame mais avançado para identificar a atividade da enzima glicose-6-fosfato-desidrogease. O teste dura, em média, dois minutos. A capacitação contou, também, com a participação de uma equipe técnica do Ministério da Saúde A partir daí, se o exame constatar que este paciente possui enzimas suficientes para ingerir a tafenoquina, o médico prescreve o uso do medicamento para que o indivíduo seja tratado contra a malária. A vantagem da tafenoquina é que ela é prescrita em dose única, o que corresponde a três dias de cloroquina, como alternativa ao tratamento atual com primaquina por sete dias, o que reduz o tempo de tratamento, aumenta a adesão e evita recaídas. ESTUDO PIONEIRO Para que essa metodologia chegasse ao país, foi necessária a realização de estudos técnicos que comprovassem a eficácia do medicamento. Essa pesquisa foi feita em duas cidades da Região Norte: Porto Velho e Manaus. As capitais rondoniense e amazonense participaram, durante dois anos, do estudo chamado “Tafenoquine Roll-oUt Study’’ (TRuST), que observou a evolução dos pacientes tratados com a droga. O envolvimento ativo de Porto Velho no estudo, junto a Manaus, demonstra um compromisso sério com a saúde pública e a busca por soluções eficazes. Para a coordenadora do Programa da Malária, Rosilene Rufato, “o sucesso deste estudo, com resultados positivos tanto para os pacientes quanto para os profissionais de saúde, é um exemplo inspirador de cooperação e pesquisa aplicada. A disponibilização do teste de G6PD também é crucial, pois permite uma abordagem mais segura e personalizada do tratamento, garantindo que os pacientes recebam a terapia mais adequada às suas condições individuais”. O Brasil lidera a implementação desse novo protocolo de tratamento em larga escala, destacando-se como um pioneiro no uso da Tafenoquina. Essa iniciativa, além de beneficiar os pacientes diretamente afetados pela malária vivax, também vai estabelecer um precedente para abordagens inovadoras no combate a outras doenças. Fonte: João Muniz Leia Também Capacitação sobre novo tratamento da malária encerra com destaque para avanços na saúde da capital Vendas de Passaportes para a 35ª Expoagro disparam e 94% do primeiro lote já foram vendidos Incêndio em fábrica de baterias mata 22 pessoas na Coreia do Sul Obra da Instituição de Longa Permanência do Idoso de Porto Velho tem investimento de R$ 7,4 milhões Ministro da Defesa de Israel viaja a Washington para negociações cruciais sobre guerra em Gaza Twitter Facebook instagram pinterest