OPINIÃO Uma esquerda de direita Publicada em 03/06/2024 às 08:32 Este ano de 2024, a Bolívia tem eleições municipais. Os milhões de tolos e manipulados eleitores do país vão escolher os seus novos prefeitos e vereadores. Ação esta que em nada mudará as suas miseráveis vidas. Mas como no país andino, que diz ser uma democracia, votar é uma obrigação e não um direito ou uma opção, todos eles devem ir às urnas para apenas sacramentar uma possível boa vida para os poucos candidatos que serão eleitos. Em Trinidad, a abandonada capital do departamento do Beni, a vida sempre foi uma dureza para os seus imbecis, brocos e ignorantes habitantes. Trinidad não tem declaradamente políticos de direita nem de esquerda. Apenas um bando de salafrários sem caráter e desonestos que a cada quatro anos se juntam para dilapidar o pouco dinheiro fruto do trabalho da população pobre e humilde. Ser político virou uma atividade de vida. Há no lugar apenas uma meia dúzia de pessoas, geralmente de fora da província, com algum poder aquisitivo e que se autodenominam de extrema-direita. Como têm algum dinheiro num lugar de pessoas muito pobres e miseráveis, mantêm o domínio sobre toda a sociedade. Por isso, essa elite nefasta indica os seus candidatos para quase todas as eleições. O poder continua, dessa forma, sempre nas mãos dos mais ricos e abastados. Ali esquerda praticamente não existe. Talvez nem 30 por cento dos eleitores simpatizam com alguma ideia ou candidato dessa vertente política. Porém, muitos dos mal intencionados candidatos de Trinidad dizem para todo mundo que é de esquerda somente para ter acesso a esses poucos, mas ainda fieis, eleitores progressistas. Não só na capital como em todo o departamento o que prevalece são ideias conservadores de direita e de extrema-direita. A qualidade de vida na capital Trinidad é péssima. Levas e mais levas de pessoas pobres, rotas e famintas são vistas diariamente pedindo esmolas em suas sujas e imundas ruas. Não há arborização, não há água tratada nem sequer saneamento básico. Tudo ali é igual ou muito pior do que Porto Príncipe no Haiti ou até mesmo comprável àquelas cidades dos países da África subsaariana. Não há mobilidade urbana, não tem aeroporto decente, nem porto no grande rio que banha a cidade. Os poucos ricos do lugar até que vivem bem, enquanto a maioria do povo vegeta e passa necessidades. Mas quase todos esses miseráveis são eleitores da direita e da extrema-direita, pois muitos dizem que “é preciso obedecer a quem sempre pode dar uma sombra”. O povo de Trinidad gosta mesmo é de adular só os cidadãos nascidos fora do lugar. E quase também só vota neles. Trinidad é uma cidade repleta de direitistas ignorantes e de ignorantes direitistas. A maioria da população da capital do pobre departamento tem apenas a (des) informação primária. Nada entende de política, de administração pública, de sociedade organizada, de governança. Por conta disso, o povão, sem leitura de mundo, vai votar sempre nos candidatos indicados pela elite política local. E os eleitos apenas cuidam dos seus próprios interesses. Os muitos escândalos de roubo, de corrupção e de apropriação do dinheiro público são noticiados quase todo ano. O povo é lembrado somente na véspera das eleições, para ser iludido novamente. Em vez de direito ou dever, o voto no Beni, e principalmente em Trinidad, é uma desgraça que só mantém o status quo desses pobres e miseráveis eleitores. E em 2024 não vai ser diferente. Muitos colunistas e até “jornalistas” são financiados por políticos e pela elite abastada apenas para manter a direita no poder. Fonte: Professor Nazareno Leia Também Uma esquerda de direita Governo de Rondônia reforça parceria com Inca para melhorar qualidade das informações sobre tratamentos de câncer Governo de Rondônia lança 40ª edição do Arraial Flor do Maracujá; evento tradicional ocorre de 21 a 30 de junho PREVISÃO DO TEMPO: segunda-feira (3) com alerta para chuvas no Norte PREVISÃO DO TEMPO: domingo (2) com temperatura máxima de 37°C no Norte Twitter Facebook instagram pinterest