ALERTA Vinicius Miguel alerta para riscos dos softwares de espionagem em audiência pública no STF Publicada em 12/06/2024 às 14:08 Vinicius Miguel, advogado especializado em direitos humanos e professor da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), participou de audiência pública no Supremo Tribunal Federal convocada para discutir os riscos e implicações do uso de softwares de espionagem, como o Pegasus. Em apresentação, Vinicius Miguel destacou os perigos que tecnologias de espionagem altamente sofisticadas podem trazer para a privacidade, a liberdade de imprensa, os direitos humanos e a integridade da democracia. O advogado enfatizou que softwares como o Pegasus têm a capacidade de infiltrar dispositivos móveis, acessar e extrair dados sem o conhecimento do usuário, operadoras de dados/telefonias e até sem o conhecimento de autoridades públicas, o que levanta sérias questões sobre vigilância e controle. Um dos pontos abordados por Vinicius Miguel foi o impacto intimidador desses softwares sobre jornalistas. Ele explicou que o uso de tais ferramentas para monitorar jornalistas cria um efeito intimidador, comprometendo a segurança de suas fontes. “Além disso, a presença de vigilância massiva pode levar à autocensura, com jornalistas evitando cobrir assuntos sensíveis para proteger suas fontes e a si mesmos, erodindo a confiança do público na imprensa”, argumentou. Ele também alertou sobre as violações à privacidade que esses softwares possibilitam. "A coleta de dados pessoais sensíveis sem o conhecimento ou consentimento do usuário é uma clara violação do direito à privacidade", afirmou. “Casos documentados mostram que esses spywares têm sido usados para espionar defensores dos direitos humanos, ativistas e dissidentes políticos, resultando em detenções e represálias”, acrescentou Outro ponto crucial levantado pelo advogado foi a erosão da confiança pública nas instituições governamentais e democráticas. "O uso de spyware como o Pegasus mina a confiança do público ao revelar a extensão da vigilância estatal", disse. Ele destacou que a normalização da vigilância pode levar à aceitação de práticas invasivas, enfraquecendo as bases democráticas que dependem da transparência e da proteção dos direitos civis. Para mitigar os riscos associados ao uso dessas tecnologias, Vinicius Miguel propôs uma série de recomendações. Ele defendeu a imposição de um embargo imediato sobre a venda, exportação, transferência e uso de tecnologia de vigilância até que salvaguardas adequadas de direitos humanos estejam implementadas. Além disso, sugeriu a aplicação de sanções a empresas de spyware responsáveis por abusos de direitos humanos e a necessidade de uma legislação nacional robusta que assegure a conformidade com os padrões internacionais de direitos humanos. Vinicius concluiu enfatizando a importância da transparência e da supervisão das empresas que desenvolvem essas tecnologias. "As compras de tecnologia de vigilância por autoridades devem ser transparentes e sujeitas a debate público", afirmou. Ele também apelou para o monitoramento contínuo e relatórios por parte de especialistas da ONU e mecanismos regionais de direitos humanos, visando garantir a responsabilidade e a proteção dos direitos individuais. SOBRE VINICIUS MIGUEL - Advogado especialista em direitos fundamentais e professor da Universidade Federal de Rondônia, Vinicius Miguel é especializado em Administração Pública, mestre em Política Internacional e doutor em Ciência Política Fonte: Assessoria Leia Também Vinicius Miguel alerta para riscos dos softwares de espionagem em audiência pública no STF Acusado de matar um homem no Distrito de Nova Gease/RO tem júri mantido pela justiça Prefeitura participa de Festival Junino com a Feira da Mulher Empreendedora Porto Velho recebe Simpósio Jurídico que já aconteceu em Aracaju e Rio de Janeiro Semana da Enfermagem é realizada pela Unidade de Pronto Atendimento da zona Sul Twitter Facebook instagram pinterest