ELEIÇÕES 2024 OPINIÃO — Complexa, estratégica e difícil eleição a prefeito de Porto Velho Publicada em 13/07/2024 às 11:09 Hoje (13) estamos a exatos sete dias da data de abertura das convenções partidárias (20 de julho a 5 de agosto) para escolha dos prefeitos, vices e vereadores, que estarão disputando as eleições municipais de outubro próximo em todo o Brasil. A semana, que iniciará no domingo (14), será fundamental para a escolha dos candidatos e das parcerias no sistema de federação, pois não temos mais as coligações. + Saída de Cruz e possível apoio a Mariana reforçam favoritismo da ex-tucana; e eventual união de Miguel com Vargas vai além da ideologia Porto Velho, capital de Rondônia (com mais de 350 mil eleitores em 2022), é o único dos 52 municípios do Estado em condições de realizar eleições em segundo turno, porque tem colégio eleitoral superior a 200 mil eleitores. Pelo que se pode avaliar, antes das convenções, o segundo turno será inevitável devido ao nível dos pré-candidatos, mesmo com alguns já ficando pelo meio do caminho. Considerado um dos nomes de maior evidência na política regional, com passagem pela câmara de vereadores da capital e, já no segundo mandato de deputado estadual, se eleger presidente da Assembleia Legislativa (Ale), o deputado Marcelo Cruz (PRTB) foi o primeiro político a se posicionar publicamente como pré-candidato a prefeito de Porto Velho. Também foi o primeiro a abrir mão da pré-candidatura, devido a implicações legais envolvendo utilização de recursos financeiros da Ale-RO para divulgação de ações parlamentares 180 dias antes das eleições. Mesmo fora, Marcelo Cruz continua sendo peça fundamental no apoio a quem esteja em condições de disputar a sucessão municipal na capital e nos demais municípios. Sua condição de visionário eleitoral, estrategista em ações político-parlamentares e com a força do Poder Legislativo às mãos continua sendo um parceiro que todos, por enquanto pré-candidatos, querem. Ele já teria se ajustado com um dos pré-candidatos, que estaria entre os considerados favoritos. Comenta-se a boca pequena que a pré-candidatura de Valdir Vargas (PP) não teria solução de continuidade. As informações são de bastidores, mas ele, ou seu líder maior, o ex-governador Ivo Cassol, presidente regional do PP, também não se manifestou. Hoje temos como pré-candidatos a ex-deputada federal Mariana Carvalho (UB), que já passou pela câmara de vereadores, e Léo Moraes (Podemos), ex-deputado (federal e estadual) e ex-vereador. São os dois nomes de centro-direita que mais estão trabalhando as pré-candidaturas, com os aliados buscando formatar nominatas em condições de concorrer com chances de chegar ao segundo turno, certamente inevitável nas eleições deste ano. Partidos de centro-esquerda formataram uma parceria denominada Frente Democrática (FD) e têm como pré-candidato a prefeito de Porto Velho o advogado Célio Lopes, do PDT, com apoio do PT, PSOL e PV. Ainda não se sabe quem será o vice, porque existe a possibilidade de o PSB, presidido pelo advogado e professor universitário Vinícius Miguel, fechar com a FD e concorrer a vice. Mas há quem diga que Vinícius tentará uma caminhada solo, assim como o advogado Samuel Costa (Rede). Talvez no próximo sábado (20) já tenhamos um mapa mais adequado da real situação dos hoje pré-candidatos ao cargo ocupado pelo prefeito Hildon Chaves (PSDB), que tem ajudado a “pilotar” o nome de Mariana Carvalho, pois ele está no segundo mandato, que terminará no final deste ano e está fora da disputa das eleições deste ano. É importante destacar que as eleições municipais deste ano são fundamentais a quem tem pretensões futuras, como o prefeito Hildon Chaves e o governador Marcos Rocha (UB), que também está no segundo mandato consecutivo, que terminará no final de 2026, quando teremos as eleições gerais (presidente da República, governadores e respectivos vices; duas das três vagas ao Senado dos Estados e Distrito Federal, Câmara Federal e Assembleias Legislativas). Hildon é pré-candidato a governador em 2026 e o governador Marcos Rocha, a uma das duas vagas ao Senado. Portanto, as eleições municipais deste ano em Porto Velho são fundamentais para quem pretenda disputar cargos eletivos em 2026. Eleger o prefeito de Porto Velho, por exemplo, será um importante passo dado para as pretensões futuras de Hildon e Rocha. Muito se comenta que, no quadro atual, Mariana Carvalho e Léo Moraes estariam no segundo turno. Não há dúvidas de que são fortes candidatos, mas o pessoal de centro-esquerda não pode ser ignorado. Lula, do PT, é o presidente. O PT já teve Roberto Sobrinho (PT) na prefeitura em dois mandatos seguidos. Sobrinho foi o único que conseguiu se reeleger prefeito da capital nas últimas décadas, no primeiro turno, quando concorreu à reeleição. Uma provável divisão dos votos de centro-direita entre Mariana e Léo favorecerá o pessoal de centro-esquerda, desde que o grupo entre na disputa com um nome, como se está projetando, de Célio Lopes. O problema é o posicionamento de Vinícius Miguel, ainda indefinido. Ele, fechando com a FD, praticamente garantirá as eleições em segundo turno em Porto Velho. No caso de o pessoal de centro-esquerda se dividir, poderá favorecer um segundo turno entre Léo e Mariana. Difícil, mas não impossível. Como em política não se aceita dividir, caso o pessoal de oposição se una nas eleições municipais deste ano, as chances de sucesso serão amplas, mas uma divisão no primeiro turno poderá ser letal, pois levará ao segundo turno com nomes de centro-direita e, para as eleições gerais, inclusive, o que seria impossível, a decisão em segundo turno entre dois nomes do mesmo segmento. Situação quase impossível, mas que não pode ser descartada. Correndo por fora, temos ainda o MDB com Euma Tourinho, partido que já foi o mais forte do Brasil, mas hoje está em situação de reformulação, e Ricardo Frota (Novo) e Valdir Vargas, do PP, que provavelmente estaria fora da disputa, mas não se manifestou publicamente. Fonte: Waldir Costa / Rondoniadinamica Leia Também Donald Trump vítima de atirador; Hospital João Paulo II virou notícia; Pré-candidatos rejeitam Vargas Euma tem carta branca para o vice; Mariana terá alguém do PL; Cruz apoiará ex-tucana; e Samuel sonha alto OPINIÃO — A Complexa, Estratégica, Desafiadora e Difícil Eleição para Prefeito de Porto Velho Pré-candidato a prefeito Samuel Costa propõe convênio UNIR/PMPV para combater desigualdade e ampliar saúde Saída de Cruz e possível apoio a Mariana reforçam favoritismo da ex-tucana; e eventual união de Miguel com Vargas vai além da ideologia Twitter Facebook instagram pinterest