GUERRA Caças de Israel ameaçam Beirute com sobrevoo supersônico Publicada em 06/08/2024 às 15:16 Caças de Israel levaram pânico a Beirute nesta terça (6), quando ao menos quatro aviões quebraram a barreira do som sobre a capital libanesa em três ocasiões. Moradores buscaram abrigo, mas não houve danos relatados. A intimidação, com uma manobra rara à luz do dia sobre a cidade, veio pouco antes de o líder do grupo fundamentalista Hezbollah, xeque Hassan Nasrallah, proferir um discurso sobre a crise que ameaça envolver todo o Oriente Médio. O grupo havia lançado drones contra o norte de Israel pela manhã, e avisou que eles eram apenas um aperitivo para o grande ataque que pretende fazer de forma coordenada com seus patronos iranianos. Apoiadores do Hamas na guerra de Israel contra o grupo terrorista palestino, Hezbollah e Teerã buscam vingar-se de assassinatos ocorridos na semana passada. O Estado judeu matou, em um ataque aéreo contra o sul de Beirute na semana passada, o principal comandante operacional da agremiação libanesa. Poucas horas depois, um ataque que Israel não negou ter cometido em Teerã matou o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh. As ações foram respondidas com a promessa de um ataque maciço para punir Tel Aviv, e aliados de lado a lado correm para tentar demover os rivais de acenderem o pavio de uma guerra ampla regional. Não está claro quais caças foram empregados por Israel, mas pelo alcance provavelmente eram poderosos modelos F-15. O Estado judeu também opera F-16 e o mais moderno F-35, com características furtivas ao radar. Israel e Hezbollah não se enfrentam numa guerra aberta desde 2006, quando o conflito acabou num empate. Agora, Tel Aviv quer a retirada do grupo de uma grande faixa do sul libanês, como prevê uma resolução da ONU, para proteger as populações do norte israelense de ataques. Já o Irã só atacou diretamente Israel uma vez, em abril deste ano, quando a maioria de seus mísseis e drones foi derrubada em uma ação coordenada pelo Estado judeu, EUA, aliados como Reino Unido e França, além de países árabes como os Emirados, a Arábia Saudita e a Jordânia. Naquela ocasião, Teerã queria vingar-se contra uma ataque israelense a seu consulado em Damasco . A retaliação israelense foi comedida e a crise baixou de tom, só para explodir de novo agora. O contexto, claro, é a guerra em curso na Faixa de Gaza desde que o Hamas atacou Israel em 7 de outubro passado. Os EUA temem que o ataque iraniano e do Hezbollah venha rapidamente, mas Teerã pediu uma reunião da Organização de Cooperação Islâmica em Jedá, na Arábia Saudita, para discutir o tema nesta quarta (7). No Iraque, dois militares americanos foram feridos em um ataque com foguetes de grupos pró-Irã do país árabe, num lembrete das ramificações regionais que a crise tem. No mar Vermelho, rebeldes houthis bancados pelos aiatolás promovem uma campanha contra navios ocidentais e israelenses. A Rússia, segundo relatos colhidos pela agência Reuters, pediu para que seus aliados iranianos meçam a resposta e evitem a morte de civis no seu ataque, buscando dar um tom pontual a ele. Mas o risco colocado de perda de controle da situação é grande. A linha-dura israelense quer aproveitar um eventual ataque para destruir o programa nuclear iraniano, que vê como ameaça existencial, ainda que o Estado judeu tenha cerca de 90 bomba atômicas à disposição. O desafio hoje para Teerã é mostrar força doméstica e, ao mesmo tempo, evitar um suicídio militar potencial. Fonte: AGÊNCIA BRASIL Leia Também Caças de Israel ameaçam Beirute com sobrevoo supersônico Em São Paulo, polícia cumpre mandados na Cracolândia Cesta básica cai em 17 capitais, aponta Dieese Dia dos Pais: faturamento de bares e restaurantes pode aumentar até 20% Fogo já consumiu 1,3 milhão de hectares e volta a aumentar no Pantanal Twitter Facebook instagram pinterest