OPOSIÇÃO Kamala cobra "transparência" do governo Maduro e pede publicação de atas de eleição na Venezuela Publicada em 24/08/2024 às 10:29 A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, cobrou transparência do governo Nicolás Maduro e pediu a publicação das atas eleitorais da Venezuela. Uma carta da democrata foi divulgada pela oposição venezuelana, nesta sexta-feira (23). A carta indica que Kamala estava respondendo a mensagens enviadas pelos opositores María Corina Machado e Edmundo González. O documento foi assinado no dia 16 de agosto. Kamala afirmou que reconhece que existe um sistema de repressão e censura contra quem se recusa a aceitar o resultado das eleições de 28 de julho. Maduro foi dado como vencedor do pleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). O resultado foi respaldado pela Suprema Corte da Venezuela nesta semana. Por outro lado, a oposição garante que Edmundo González venceu as eleições com base nas atas impressas das urnas eletrônicas. Até agora, as autoridades eleitorais da Venezuela não divulgaram as atas. A Justiça, controlada por chavistas, emitiu apenas uma declaração afirmando que os documentos foram periciados e confirmam a vitória de Maduro. Na carta enviada à oposição da Venezuela, Kamala disse que os acontecimentos recentes envolvendo as eleições indicam que são necessárias mais transparência e responsabilidade no sistema eleitoral da Venezuela. "Os Estados Unidos apoiam o desejo do povo venezuelano por paz e mudança democrática após anos de corrupção governamental, abuso de poder e má gestão econômica", escreveu a vice-presidente. Kamala também pediu para que as forças de segurança da Venezuela assegurem os direitos humanos e a liberdade de expressão. Ela afirmou que a comunidade internacional está monitorando a situação do país e condena atos de violência. "Vamos continuar encorajando as partes na Venezuela para começar as discussões para uma transição respeitosa e pacífica, de acordo com a lei eleitoral e o desejo do povo venezuelano", afirmou. Presidente da Assembleia da Venezuela provoca Celso Amorim Estados Unidos, União Europeia e mais dez países da América Latina, além da Organização dos Estados Americanos, rejeitaram a decisão da Justiça da Venezuela que respaldou a vitória de Maduro. Em um comunicado conjunto divulgado nesta sexta, EUA, Argentina, Costa Rica, Chile, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai disseram que não reconhecem a decisão do Supremo venezuelano. Os signatários também pedem uma "auditoria imparcial" dos votos. "Nossos países já haviam manifestado o desconhecimento da validez da declaração do CNE [de que Maduro venceu as eleições], logo depois de que o acesso dos representantes da oposição à contagem de votos foi impedida, da não publicação das atas e da recusa posterior em que se fizesse uma auditoria imparcial e independente", disse o comunicado. O Brasil ainda não se manifestou após a a sentença do TSJ, e deve fazer um comunicado conjunto com a Colômbia sobre a decisão. O governo da Venezuela rechaçou o comunicado, afirmando que os países que assinaram a nota estão violando o direito internacional. Fonte: G1 Leia Também Kamala cobra "transparência" do governo Maduro e pede publicação de atas de eleição na Venezuela Surto de mpox "pode ser controlado": OMS anuncia plano de 740 milhões Polícia alemã prende suspeito de ataque a faca em festival que deixou 3 mortos e 8 feridos Novo ataque de Israel deixa pelo menos 37 mortos em Gaza InfoGripe: casos de rinovírus e Covid-19 aumentam no país Twitter Facebook instagram pinterest