ASILO POLÍTICO Após receber asilo na Espanha, Edmundo González diz que deixou Venezuela para evitar conflito Publicada em 09/09/2024 às 15:47 O opositor venezuelano Edmundo González, que no fim de semana foi para a Espanha após um salvo-conduto do governo da Venezuela, disse nesta segunda-feira (9) que deixou seu país para evitar um conflito. González, que concorreu às eleições venezuelanas em julho contra o presidente do país, Nicolás Maduro, estava foragido na Venezuela. A Justiça havia emitido um mandado de prisão contra ele. No fim de semana, o opositor embarcou para a Espanha em um voo da Força Aérea espanhola. A viagem foi feita com autorização do governo venezuelano, segundo a vice-presidente do país. E gerou críticas, entre a oposição, de que a saída de González pode enfraquecer o movimento — os opositores afirmam ter vencido as eleições, apesar de a Justiça eleitoral ter declarado vitória de Maduro. As atas eleitorais, espécies de boletins de urna, não foram divulgadas pelo governo. Em um comunicado, Edmundo González disse que optou refugiar-se na Espanha, onde já recebeu asilo político, para evitar "um conflito de dor e sofrimento". Ele se disse ainda disposto ao diálogo com o governo Maduro. "Eu fiz isso (ir à Espanha) pensando na minha família e em todas as famílias venezuelanas neste momento de tanta tensão e angústia", disse. "Só a política do diálogo pode fazer com que nos reencontremos como patriotas. Só a democracia e a realização da vontade popular pode ser o camimho". No domingo (8), em um áudio divulgado por sua equipe após González chegar a Madri, na Espanha, o oposicionista disse que seguirá "na luta". González deixou a Venezuela em uma aeronave da Força Aérea espanhola, que pousou no domingo (8) na Base Aérea de Torrejón de Ardoz, nos arredores de Madri. O ex-diplomata recebeu asilo político do país europeu após ter tido a prisão decretada na Venezuela. Ele estava foragido. Edmundo Gonzalez, opositor de Maduro na Venezuela, em 31 de maio de 2024 — Foto: Gabriela Oraa / AFP Leia a transcrição do áudio na íntegra: "Estimados amigos, antes de tudo, recebam um cordial e afetuoso cumprimento, junto com minhas palavras de agradecimento pelas expressões de solidariedade recebidas de muitos de vocês. Queria informar que hoje, pela manhã, cheguei a Madri. Minha saída de Caracas foi cercada de episódios de pressões, coações e ameaças de não permitirem minha partida. Confio que em breve continuaremos a luta pela liberdade e pela recuperação da democracia na Venezuela. Um forte abraço a todos". Segundo o site de notícias Bloomberg, González passou mais de um mês refugiado na Embaixada da Holanda em Caracas, após as eleições de 28 de julho, antes de se dirigir à representação diplomática espanhola. Aliada de Gonzáles, María Corina Machado justificou o asilo político de González dizendo que, na Venezuela, "sua vida corria perigo, e as crescentes ameaças, citações judiciais, ordens de apreensão e até as tentativas de chantagem e do coação de que ele foi objeto demonstram que o regima [chavista] não tem escrúpulos nem limites em sua obsessão de silenciá-lo". Fonte: G1 Leia Também Após receber asilo na Espanha, Edmundo González diz que deixou Venezuela para evitar conflito Trump declara apoio a emenda para legalizar uso recreativo de maconha para adultos na Flórida Kate Middleton diz que terminou quimioterapia: "Os nove últimos meses foram muito difíceis" Deputada Macaé Evaristo será nova ministra dos Direitos Humanos CNMP cria canal para receber denúncias de abusos em abordagem policial Twitter Facebook instagram pinterest