BOMBARDEIO Israel bombardeia QG do Hezbollah em Beirute; nuvem de fumaça é vista na capital do Líbano Publicada em 27/09/2024 às 15:11 Israel bombardeou Beirute, capital do Líbano, nesta sexta-feira (27) — no que foi o maior ataque israelense desde o início do conflito com o grupo extremista Hezbollah, segundo a agência Reuters. Uma nuvem de fumaça dominou o céu da capital. Várias explosões atingiram o sul da cidade pouco mais de uma hora após o discurso do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Assembleia Geral da ONU. Imagens postadas em redes sociais mostram o momento do ataque, em que diversos prédios foram atingidos, e a enorme nuvem gerada pelos mísseis. (Veja no vídeo em destaque) Segundo as Forças Armadas de Israel, foi realizado um "ataque de precisão" ao quartel-general do Hezbollah. O órgão informou que o QG está localizado entre edifícios residenciais em Dahieh, Beirute, "como parte da estratégia do Hezbollah de usar o povo libanês como escudo humano". Autoridades israelenses dizem que altos funcionários do Hezbollah estavam na sede no momento do ataque. Ainda não houve resposta oficial do Hezbollah sobre o ataque ou sobre a situação do chefe do grupo extremista, Hassan Nasrallah. A fonte israelense da agência Reuters disse que as Forças de Defesa de Israel ainda não têm confirmação se ele foi atingido. O Hezbollah afirma que uma pessoa morreu no ataque e outras 50 ficaram feridas. Segundo a agência Reuters, uma fonte próxima ao Hezbollah afirma que Nasrallah não foi atingido pelo bombardeio —informação repetida pela agência iraniana Tasnim. O governo iraniano, que financia o grupo extremista, disse à agência que ainda está checando a condição do líder. Infográfico: o que está por trás das explosões de pagers e walkie-talkies do Hezbollah Em um primeiro comunicado, o Hezbollah não mencionou Nasrallah, mas condenou o ataque israelense, que teria atingido prédios residenciais. O grupo também condenou a comunidade internacional, a qual seria "conivente" com Israel, por "dar uma plataforma para que Netanyahu continue a espalhar mais mentiras e enviar mais ameaças", em alusão ao discurso na Assembleia Geral da ONU. Uma fonte do Hezbollah confirmou à agência Reuters que o chefe do Conselho Executivo do grupo extremista, Hashem Safieddine, está vivo após o bombardeio. O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati disse que o bombardeio à capital nesta sexta mostra que Israel "não liga" para os apelos da comunidade internacional para um cessar-fogo na região. A embaixada do Irã em Beirute afirmou que o ataque israelense é um "crime" que merece uma "punição adequada". O órgão também disse que o bombardeio representa uma "escalada perigosa que muda o jogo". Após o bombardeio, uma autoridade sênior de Israel reafirmou que o país não busca uma guerra generalizada contra o Hezbollah. Israel vem bombardeando regiões do Líbano há uma semana, em uma nova página do conflito no Oriente Médio que já deixou mais de 700 mortos. O governo israelense afirma que o alvo é o Hezbollah, grupo extremista financiado pelo Irã que nasceu no Líbano com o intuito de lutar contra Israel. Os Estados Unidos não foram avisados previamente sobre o bombardeio israelense desta sexta, segundo o secretário de Defesa, Lloyd Austin. A informação foi confirmada por uma porta-voz do Pentágono, Sabrina Singh, que disse que "os EUA não tiveram envolvimento na operação". Uma autoridade da Casa Branca disse que o presidente Joe Biden foi informado por sua equipe sobre os últimos acontecimentos do ataque em Beirute. Após o bombardeio, Netanyahu antecipou sua volta a Israel, segundo o gabinete do primeiro-ministro. A escalada da troca de ataques entre os dois lados — que já acontecia de forma constante desde o início da guerra na Faixa de Gaza, há quase um ano — ocorreu após explosões em série de pagers e walkie-talkies de membros do Hezbollah, que acusam Israel pelo ataque. A semana de bombardeios provocou também um êxodo sem precedentes no Líbano desde a guerra de 2006. Nesta sexta-feira, a Acnur, a agência da ONU para refugiados, afirmou que mais de 30 mil pessoas de diferentes regiões do Líbano fugiram para a vizinha Síria nas últimas 72 horas. Outros milhares de pessoas também tentam deixar o país, mas dezenas de companhias aéreas cancelaram operações nos aeroportos libaneses. O Itamaraty disse esta semana que está consultando brasileiros que queiram deixar o Líbano para estudar a repatriação ao Brasil — há 21 mil cidadãos brasileiros morando no Líbano, a maior comunidade brasileira no Oriente Médio. Dois brasileiros morreram nos ataques. Fonte: G1 Leia Também Israel bombardeia QG do Hezbollah em Beirute; nuvem de fumaça é vista na capital do Líbano Metas fiscais municipais do 2º quadrimestre de 2024 serão apresentadas na segunda-feira (30) Sobe para 30 número de mortos na passagem do furacão Helene nos EUA Macaé Evaristo toma posse como ministra dos Direitos Humanos STF marca audiência pública para debater mercado de apostas online Twitter Facebook instagram pinterest