Mulheres privadas de liberdade concluem Curso de Costura oferecido pelo Campus Vilhena

O encerramento do Curso de Costureira Industrial de Máquina Reta e Overloque, ofertado para dez mulheres privadas de liberdade, foi realizado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Vilhena, na quinta-feira, 5 de setembro. A iniciativa foi viabilizada por meio de parceria com o Ministério Público e a Vara Criminal, e tem como principal objetivo capacitar essas mulheres, oferecendo a elas novas oportunidades de reintegração social e profissional.

Entre as alunas, histórias de superação e planos para o futuro foram compartilhados. “Eu já tinha uma noção de costura, mas foi aqui que aprendi de verdade. Quando eu sair, quero trabalhar em uma malharia”, declarou uma das formandas. Outra aluna, animada com o apoio familiar, relatou: “minha avó comprou uma máquina de costura para mim. Quando eu sair, quero abrir meu próprio ateliê”. As alunas do curso aprenderam a confeccionar diversos modelos de roupas, inclusive produziram peças que serão utilizadas como uniformes para as demais internas do sistema prisional.

O Secretário Adjunto de Estado da Justiça, Marcus Castelo Branco Alves Semeraro Rito, destacou a importância da capacitação profissional no sistema prisional. Segundo ele, o papel do Estado vai além das questões de segurança, buscando sempre apontar o melhor caminho para a reinserção dessas mulheres na sociedade. “Essa etapa de conclusão do curso é mais um degrau, de muitos outros que as apenadas ainda irão trilhar”, afirmou.

Maria Helena Ferrari, Chefe do Departamento de Extensão do IFRO Campus Vilhena, reforçou a importância das parcerias que viabilizaram o curso, e agradeceu às entidades envolvidas. “Nosso compromisso é transformar vidas através da oferta de educação e qualificação profissional de qualidade", afirmou.

Ela também ressaltou que, além de ensinar técnicas de confecção de vestuário, o curso aborda questões como empreendedorismo, relações interpessoais e ética na produção e comercialização de produtos. “A conclusão desse curso representa um passo significativo na capacitação e reinserção de mulheres que, mesmo em situação de privação de liberdade, buscam um futuro melhor por meio da educação e do trabalho”, destacou.