"DECLARAÇÃO" Brics condenam ações de Israel, citam conflito na Ucrânia e pedem reforma na ONU Publicada em 23/10/2024 às 15:40 Em uma declaração conjunta, os países dos Brics condenaram ações de Israel e pediram por uma reforma abrangente das Nações Unidas. Além disso, o grupo citou a guerra na Ucrânia de forma breve, defendendo uma resolução pacífica do conflito com a Rússia por meio do diálogo. O documento foi assinado pelos países-membro do bloco nesta quarta-feira (23). O encontro do Brics acontece em Kazan, na Rússia, e reúne autoridades de países como o Brasil, China, Índia e África do Sul. De acordo com a declaração divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores da Índia, os países dos Brics afirmam estar gravemente preocupados com a crise humanitária na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Segundo o grupo, houve uma escalada de violência sem precedentes nos territórios palestinos, "como resultado da ofensiva militar israelense, que levou à matança em massa e ferimentos de civis, deslocamento forçado e destruição generalizada de infraestrutura civil". Em relação ao conflito em Gaza, os Brics pediram um cessar-fogo imediato que possibilite a libertação de reféns que estão "mantidos ilegalmente em cativeiro". A declaração não cita que as vítimas estão sob o poder do Hamas. Além disso, os países denunciaram ataques de Israel contra operações humanitárias e declararam apoio à entrada da Palestina nas Nações Unidas. Segundo o documento, a resolução do conflito deve acontecer a partir da solução de dois Estados, com a convivência pacífica entre Israel e Palestina. Os países também condenaram a morte de civis e danos à infraestrutura pública no Líbano "resultantes de ataques de Israel em áreas residenciais". O grupo pediu para uma solução diplomática para o conflito e exigiu que as forças israelenses parem de atacar missões da ONU no país. Israel nega que esteja mirando estruturas da ONU do Líbano, mas afirma que o grupo extremista Hezbollah tem usado posições das Nações Unidas como "escudo humano" para atingir soldados israelenses. Ainda em relação a Israel, os Brics condenaram um ataque israelense à sede diplomática do Irã na Síria, em abril. O bombardeio resultou em uma troca de ataques entre Irã e Israel naquele mês. Ucrânia A declaração dos Brics reservou apenas um dos 134 pontos do texto para citar o conflito na Ucrânia. Sem mencionar a Rússia, os países reafirmaram suas posições sobre a guerra na ONU. O Brasil, por exemplo, condenou a invasão russa no território ucraniano. Segundo o documento, "todos os estados devem agir consistentemente com os Propósitos e Princípios da Carta da ONU em sua totalidade". Os Brics também apreciaram propostas de mediação para uma solução pacífica por meio de diálogo e diplomacia. Reformas na ONU Uma das principais pautas defendidas pelos Brics é uma reforma abrangente na ONU, com foco na estrutura do Conselho de Segurança. O objetivo do grupo é deixar o Conselho de Segurança da ONU "mais democrático, representativo, eficaz e eficiente" com o aumento na representação de países. O Brasil, por exemplo, deseja se tornar um membro permanente do órgão. "Notamos o surgimento de novos centros de poder, tomada de decisões políticas e crescimento econômico, que podem abrir caminho para uma ordem mundial multipolar mais justa, equitativa, democrática e equilibrada", diz o documento. Fonte: G1 Leia Também Brics condenam ações de Israel, citam conflito na Ucrânia e pedem reforma na ONU Arrecadação recorde vem de recomposição da base fiscal, diz Haddad Mais de 200 torcedores do Peñarol são presos por confusão no Rio Saúde nega desabastecimento generalizado de vacinas no Brasil FAB intercepta avião que entrou irregularmente em território nacional Twitter Facebook instagram pinterest