VITÓRIA DE LULA Fala de Putin pró-Venezuela, após veto no Brics deixa ainda mais claro que países cederam ao Brasil Publicada em 25/10/2024 às 15:34 A diplomacia brasileira avaliou que a fala do presidente da Rússia, Vladimir Putin, a favor da Venezuela representa uma vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para os diplomatas, Putin, a contragosto, acabou reconhecendo que não tinha como impor uma derrota ao Brasil – que declarou um veto informal e conseguiu impedir a adesão da Venezuela ao Brics como "país parceiro". Putin defendia a parceria com o governo de Nicolás Maduro e ainda não desistiu da ideia, mas foi forçado a, pelo menos, adiar essa negociação. Diplomatas brasileiros ouvidos pelo blog avaliam que a vitória da negociação brasileira é ainda maior se for levada em conta a aparição surpresa de Maduro em Kazan, na Rússia, para fazer uma pressão de última hora. Diante do fracasso, o governo do ditador venezuelano partiu, mais uma vez, para críticas ao Brasil. Em nota, a Venezuela classificou o veto brasileiro à entrada do país no Brics como uma “agressão inexplicável” e diz que o governo Lula reproduz o “ódio” do governo Bolsonaro. O Brasil não deve responder a essas críticas venezuelanas, segundo diplomatas. Membros do Itamaraty avaliam que o país soube colocar, nos bastidores, a sua posição contrária à entrada da Venezuela. E indicar que, neste momento, o país vizinho opera como um elemento desestabilizador na América do Sul. Ao fazer isso, o Brasil enfrentou a Rússia – que defendia explicitamente a entrada do governo de Maduro – e também a China. O governo Lula sabe, porém, que Putin não desistiu totalmente de sua investida. O russo vem buscando transformar a expansão do Brics em uma estratégia para sair de um isolamento imposto pelo Ocidente ao país desde a invasão à Ucrânia, em 2022. Fonte: Valdo Cruz/G1 Leia Também Fala de Putin pró-Venezuela, após veto no Brics deixa ainda mais claro que países cederam ao Brasil Nos EUA, Estado de Washington confirma primeiros casos em humanos de gripe aviária Washington Post diz que não vai apoiar nem Kamala nem Trump; ex-editor-executivo critica "covardia" do jornal Fiocruz aponta sinais de queda em alta recente da covid-19 no país Lula faz exames em Brasília e apresenta quadro estável Twitter Facebook instagram pinterest