ECONOMIA Investimentos em mineração e infraestrutura podem somar R$ 2 trilhões Publicada em 10/10/2024 às 10:57 O ex-ministro da Fazenda e diretor de Estratégia Econômica e Relações com Mercados do Safra, Joaquim Levy, afirmou que os setores de mineração e infraestrutura poderão investir um total de R$ 2 trilhões nos próximos dez anos, sendo 30% desse valor proveniente de capital estrangeiro. A afirmação foi feita em palestra no Invest Mining Summit 2024, na sede da B3, em São Paulo, no dia 8 de outubro. Para Levy, esses setores serão os motores para elevar a taxa de investimento em 20% do PIB até 2030. “A transformação no setor mineral, impulsionada pela exploração de minerais críticos como lítio, cobre e níquel, deverá fortalecer a posição do Brasil como líder global na produção de insumos essenciais para a transição energética”, disse o ex-ministro. Levy analisou também a taxa de câmbio e da Selic, que segundo, ele, desempenharão papéis chave na economia brasileira nos próximos anos, com a previsão de uma taxa Selic de 11,50% em 2024, caindo progressivamente até 8,50% em 2026. Esse declínio deve ser facilitado pelo cumprimento do arcabouço fiscal e ajustes em gastos específicos a partir de 2025. Com isso, espera-se um impacto positivo na dinâmica da dívida pública e no ambiente econômico. Para Levy, apesar de desafios econômicos e um cenário contracionista no curto prazo, a disciplina nos gastos públicos e o crescimento do PIB serão fundamentais para a trajetória positiva da economia. A previsão, segundo ele, é de que o PIB brasileiro cresça a uma taxa de 2,5% ao ano com uma política fiscal equilibrada e receitas adicionais geradas pelos investimentos em infraestrutura e setores como mineração e energia. Outro ponto relevante citado por ele foi o impacto da transição energética no crescimento do PIB. Ele avalia que a transformação no setor mineral, impulsionada pela exploração de minerais críticos como lítio, cobre e níquel, deverá fortalecer a posição do Brasil como líder global na produção de insumos essenciais para a transição energética. Ele acrescentou que investimentos significativos foram feitos para expandir a produção de minerais estratégicos, como o níquel (US$ 4,4 bilhões), cobre (US$ 6,8 bilhões) e terras raras (US$ 1,5 bilhão), minerais essenciais para atender a demanda global por tecnologia limpa. No âmbito regulatório, Levy enfatizou a importância de uma legislação adequada para ampliar o setor mineral, com foco em aspectos socioambientais que garantam a competitividade internacional dos produtos brasileiros. “A regulação eficaz poderá atrair investimentos estrangeiros e consolidar o Brasil como um dos principais fornecedores globais de minerais essenciais para a economia verde”, avalia o ex-ministro da Fazenda. Joaquim Levy disse também que a coordenação entre a diplomacia brasileira e os planos estratégicos de grandes potências, como os Levy concluiu afirmando que a agenda de investimentos em minerais voltados para transição energética será uma das principais alavancas para o desenvolvimento econômico brasileiro nos próximos anos. Fonte: BRASIL 61 Leia Também Investimentos em mineração e infraestrutura podem somar R$ 2 trilhões IPCA registra alta de 0,44% em setembro Reforma Tributária: Regulamentação será apresentada no próximo dia 16 na CCJ Estudo do Ipea aponta população ocupada nos maiores níveis em 10 anos Gilmar Mendes vota para manter presidente da CBF no cargo Twitter Facebook instagram pinterest