"VETO" Nem Rússia se levantou por Venezuela entre parceiros do Brics ante restrição de Lula Publicada em 23/10/2024 às 09:52 Nem a Rússia, de Vladmir Putin, o maior entusiasta do ingresso da Venezuela no grupo de países parceiros do Brics, se levantou para defender o pleito de Nicolás Maduro diante das restrições apresentadas pelo Brasil nas reuniões que antecederam a divulgação da lista de nações que devem passar a apoiar o bloco. O Brics, fundado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, promove uma série de reuniões esta semana em Kazan, na Rússia. Uma das principais pautas é a expansão do bloco, com adesão de cerca de 12 países parceiros. Venezuela e Nicarágua estavam entre os que pleiteavam o posto. Como antecipou o blog na segunda-feira (21), o presidente Lula manifestou internamente, ao seu time, que teria restrições ao ingresso da Venezuela no Brics. Impedido de ir a Kazan por um acidente doméstico, Lula orientou pessoalmente o time da diplomacia que forma a delegação do Brasil na Rússia. Nas reuniões que antecederam a divulgação, ontem, da lista de países que podem passar a apoiar o Brics, o time do Brasil externou com firmeza um veto completo à Nicarágua, país onde o ditador Daniel Ortega expulsou o diplomata brasileiro e passou a perseguir religiosos e opositores, e também restrições à Venezuela. "O Brics nunca foi um clube de países democráticos. Pragmaticamente, sempre foi um grupo de países emergentes que queriam ampliar sua influência e negócios. É preciso deixar isso claro. Desde a fundação o Brics tem membros com dificuldades democráticas", explicou uma fonte da diplomacia ao blog. Por isso, todo o argumento em torno do veto à Venezuela se deu em termos práticos: Maduro, em sua escalada pelo poder, rompeu com uma série de países na América do Sul, como Chile e Uruguai; desagradou interlocutores importantes, como México, e passou a atacar abertamente a maior potência econômica do eixo: o Brasil. As restrições da delegação brasileira foram ouvidas pelos demais países fundadores. Segundo fonte diplomática, nenhuma nação, nenhum representante dos demais membros, nem da Rússia, de Putin, manifestou "poréns" à fala do Brasil. Num gesto a Lula, Putin já apresentou a lista de países candidatos a parceiros sem o nome da Venezuela na ata. O processo ainda não está finalizado, mas uma reversão de cenário pró-Maduro é vista como muito improvável. Ainda assim, Maduro desembarcou em Kazan para falar por seu país. Fonte: Daniela Lima/G1 Leia Também Nem Rússia se levantou por Venezuela entre parceiros do Brics ante restrição de Lula "Depois que atacarmos o Irã, todos entenderão nossa força", diz ministro de Israel Secretaria de Educação visita escola União do calcário e obras na escola Águia Dourada Prefeitura de Ji-Paraná conclui recapeamento da avenida Maringá Ações educativas do governo de Rondônia oferecem suporte aos estudantes na preparação para o Enem Twitter Facebook instagram pinterest