COMUNIDADES QUILOMBOLAS Projeto de manejo do Pirarucu fortalece a preservação ambiental e gera renda extra às comunidades tradicionais Publicada em 29/10/2024 às 10:31 Com o intuito de sanar um problema ambiental e gerar renda extra às comunidades tradicionais quilombolas e extrativistas, o governo de Rondônia desenvolve desde o 2022, o Projeto de manejo de controle do Pirarucu (Arapaima gigas) em Unidades de Conservação no estado. A iniciativa da Secretaria do Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), por meio da atuação de biólogos e especialistas, têm atuado para mitigar os impactos da proliferação da espécie fora de sua área natural. Embora seja uma espécie ameaçada de extinção em suas áreas de origem, a presença e proliferação da espécie fora da sua área natural tem gerado desequilíbrio ambiental. Ao longo dos três anos de execução, o projeto já extraiu e comercializou 637 Pirarucus, totalizando 35.098 kg retirados do Rio Cautário, sendo 24.600 kg apenas em 2024. A pesca já gerou mais de R$ 302.916,54 (trezentos e dois mil, novecentos e dezesseis reais e cinquenta e quatro centavos) ao longo de três anos, dos quais, R$ 220.243,50 (duzentos e vinte mil, duzentos e quarenta e três reais e cinquenta centavos) foram contabilizados somente em 2024, gerando renda aos comunitários. Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, o manejo sustentável do Pirarucu é uma iniciativa que vai além da preservação ambiental. “Este projeto simboliza nosso compromisso em proteger a biodiversidade e, ao mesmo tempo, gerar oportunidades econômicas às comunidades tradicionais. Assim, estamos transformando um problema ambiental em uma solução que promove renda e desenvolvimento sustentável, unindo conservação e cidadania”, ressaltou. Segundo o secretário da Sedam, Marco Antonio Lagos, o trabalho desenvolvido em Rondônia tem ganhado visibilidade em eventos nacionais e internacionais, sendo recentemente destacado em uma importante revista especializada em meio ambiente. “A experiência do estado em enfrentar essa questão ecológica se tornou um exemplo para outras regiões do Brasil e do mundo, que também lidam com problemas relacionados à introdução de espécies não nativas e seus impactos nos ecossistemas locais,” ressaltou. O biólogo e pesquisador da Sedam, Leonardo Silva Pereira, , explica que, os efeitos da proliferação do Pirarucu são notáveis, principalmente entre os pescadores profissionais e extrativistas. “A presença do Pirarucu invasor tem causado uma drástica redução nas capturas de peixes nativos como Tambaqui e Tucunaré, fundamentais à subsistência das comunidades locais.” O desafio, segundo o biólogo, não é apenas ecológico, mas também econômico. Fonte: Adenilson Florentino Leia Também Projeto de manejo do Pirarucu fortalece a preservação ambiental e gera renda extra às comunidades Trump tenta se distanciar de insulto contra Porto Rico feita por comediante em comício republicano Parlamento israelense proíbe agência da ONU de operar no país Ataque israelense mata 60 palestinos na Faixa de Gaza Porta-voz da Unicef diz que decisão de Israel de banir UNRWA é "nova maneira encontrada para matar crianças" Twitter Facebook instagram pinterest