ATACMS Ucrânia faz primeiro ataque à Rússia com mísseis dos EUA, diz Moscou Publicada em 19/11/2024 às 10:15 A Ucrânia utilizou nesta terça-feira (19) pela primeira vez os mísseis ATACMS, os artefatos de longo alcance cedidos pelos Estados Unidos, em um ataque ao território russo, de acordo com a imprensa estatal da Rússia. Moscou considera o uso desses mísseis como uma ingerência direta dos EUA na guerra e prometeu "uma nova fase do conflito". A Rússia, maior potência nuclear do mundo, flexibilizou nesta terça seus parâmetros para o uso armas nucleares (leia mais abaixo) e prometeu retaliação. Em um comunicado divulgado pelos sites russos, o Ministério da Defesa russo afirmou que Kiev lançou seis mísseis ATACMS em direção a Bryansk, região no sudoeste da Rússia e perto da fronteira com a Ucrânia, durante a madrugada. Ainda segundo o ministério, cinco mísseis foram interceptados e o sexto, parcialmente destruído. Apenas alguns destroços de um dos artefatos caiu perto de uma área do Exército, causando um incêndio sem danos estruturais. Também não houve vítimas, completou a pasta. O governo ucraniano não havia se manifestado sobre o caso até a última atualização desta reportagem, mas é praxe de Kiev não se pronunciar em acusações de ataques em território russo. Em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, onde foi para participar da cúpula do G20, o chanceler russo, Sergei Lavrov, disse que o ataque "é um sinal que o Ocidente busca uma escalada na guerra". 1.000 dias Também nesta terça-feira (19), a guerra da Ucrânia completou 1.000 dias sem nenhuma perspectiva de fim — não há negociações de paz em andamento, e a situação no front de guerra está estancada. Atualmente, militares russos controlam cerca de 20% do território ucraniano, mas não conseguem avançar. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, lançou recentemente um plano para expulsar de vez as tropas russas, mas não deixou claro como vai implementá-lo. Nova doutrina para armas nucleares Mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto flexibilizando o uso de armas nucleares por parte de seu Exército. A medida atualiza a doutrina russa que específica momentos em que seria autorizado o uso de armas nucleares. Com a atualização, a Rússia agora considerará fazer um ataque nuclear se seu território ou de Belarus, país aliado, enfrentem uma agressão "com o uso de armas convencionais que crie uma ameaça crítica à sua soberania e (ou) à sua integridade territorial", segundo o texto. A doutrina anterior, estabelecida em um decreto de 2020, dizia que a Rússia poderia usar armas nucleares no caso de um ataque nuclear por um inimigo ou um ataque convencional que ameaçasse a existência do Estado. Segundo um Kremlin, foi uma "resposta necessária" diante de novas ameaças do Ocidente. No domingo (17), o presidente dos EUA, Joe Biden, autorizou a Ucrânia a utilizar mísseis de longo alcance ATACMS, fornecidos pelos americanos, para atacar o território da Rússia, revelou no jornal americano "The New York Times" no domingo (17). A liberação do uso dos mísseis americanos pela Ucrânia ocorre como reação ao envio de tropas norte-coreanas para lutarem na guerra na Ucrânia ao lado dos russos, e marca uma mudança de posição de Biden sobre o tema, dois meses antes de que ele deixe a presidência dos EUA — desde o início da guerra, Washington vinha resistindo autorizar o uso de mísseis para evitar escalada no conflito. Fonte: G1 Leia Também Ucrânia faz primeiro ataque à Rússia com mísseis dos EUA, diz Moscou Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 3 Concurso unificado: sai hoje resultado de revisão de notas de títulos Mega-Sena sorteia nesta terça-feira prêmio estimado em R$ 14,5 milhões PF prende militares suspeitos de planejar matar Lula e Alckmin em 2022 Twitter Facebook instagram pinterest