APROVADO CNJ aprova Resolução histórica que atribui aos Oficiais de Justiça a função de Agente de Inteligência Processual Publicada em 11/12/2024 às 14:05 O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou, por unanimidade, nesta terça-feira (10), uma Resolução inédita que concede os poderes de Agente de Inteligência Processual aos Oficiais de Justiça, ampliando suas funções em relação a busca de pessoas e bens. A medida foi aprovada durante a 16ª Sessão Ordinária de 2024, presidida pelo Ministro Luís Roberto Barroso e visa modernizar e agilizar os processos judiciais em um contexto de crescente digitalização. Com a nova resolução, os Oficiais de Justiça passam a ter acesso direto a sistemas eletrônicos, como como exemplo, o SISBAJUD (Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário) e o RENAJUD (restrição judicial de veículos). Agora, esses profissionais poderão realizar buscas de bens, localizar pessoas e inserir restrições patrimoniais diretamente, com login e senha próprios. De acordo com o ministro Luís Roberto Barroso, relator da proposta, a medida reflete a necessidade de adaptação às demandas tecnológicas e a valorização da expertise dos Oficiais como braços diretos do Judiciário. “Essa iniciativa promove eficiência, transparência e agilidade no cumprimento de ordens judiciais, especialmente em processos de execução e cumprimento de sentença”, afirmou. Os Tribunais deverão promover treinamentos específicos para capacitar os Oficiais de Justiça no uso das ferramentas tecnológicas, garantindo que atuem de forma eficiente e segura. Os acessos serão restritos ao determinado nos mandatos judiciais, e os Oficiais não poderão cancelar restrições patrimoniais ou desbloquear valores sem autorização expressa do Juiz. Além disso, a Resolução prevê a criação de perfis específicos de acesso, categorizando os Oficiais de Justiça de acordo com suas Comarcas e áreas de atuação. Isso garante controle e transparência, ampliando a segurança jurídica no cumprimento das ordens. A finalidade principal desta Resolução do CNJ é trazer melhor satisfação a quem precisa do Poder Judiciário, pois agora, os Oficiais de Justiça poderão buscar os bens daqueles que são acionados na Justiça e poderão também inserir restrição nestes bens, facilitando com que o Poder Judiciário promova a justiça. A Resolução atende a um pleito histórico dos Oficiais de Justiça e representa um avanço significativo na valorização da categoria e na prestação jurisdicional. “É um avanço que traz mais eficiência ao trâmite processual, reduz burocracias e concede o papel buscar e restringir bens e a quem tem expertise, que é o Oficial de Justiça”, declarou Rafael Campanha, um dos Diretores do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário - SINJUR. Com a aprovação da Resolução, os Tribunais terão um prazo para implementar os novos perfis e promover as capacitações necessárias. A aprovação da resolução foi transmitida ao vivo e está disponível para consulta no portal do CNJ. A expectativa é que uma medida entre em vigor ainda em 2024, contribuindo para uma Justiça mais ágil e eficaz. Fonte: CNJ Leia Também CNJ aprova Resolução histórica que atribui aos Oficiais de Justiça a função de Agente de Inteligência Processual Deputados aprovam projeto que reduz 182 cargos comissionados na Assembleia Legislativa Capacitação de servidores(as): TJRO realiza oficina de autodescrição em eventos institucionais Governo de Rondônia promove oficina para elaboração de Plano de Prevenção às Mudanças Climáticas Prefeitura recupera Linha 9, na comunidade rural Vila da Penha Twitter Facebook instagram pinterest