OPINIÃO Fora do comando do partido e ignorado pela irmã, Cassol enfrenta o fim de uma era política ou oportunidade de reinvenção? Publicada em 21/01/2025 às 11:19 Porto Velho, RO – O ex-governador Ivo Cassol, filiado ao Progressistas (PP), vive um momento delicado em sua trajetória política. Inelegível, Cassol perdeu, na última semana, a presidência estadual do partido para a deputada federal Sílvia Cristina, em decisão alinhada à Direção Nacional, comandada pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI). RELEMBRE Ivo Cassol deixa presidência do Progressistas em Rondônia; deputada federal Sílvia Cristina assume E AINDA Jaqueline ignora o irmão Ivo Cassol e diz: ‘‘Marcos Rocha é o melhor governador que Rondônia já teve’’ Dois dias depois, sua irmã, Jaqueline Cassol, em entrevista pública, declarou que o melhor governador que Rondônia já teve é o atual chefe do Executivo estadual, Marcos Rocha, do União Brasil. A destituição de Cassol da liderança do PP em Rondônia encerra uma sequência de reveses políticos acumulados desde que deixou o cargo de governador. Em 2022, teve de abrir mão de uma candidatura ao Governo do Estado por não conseguir resolver pendências judiciais. Já em 2024, tentou emplacar Valdir Vargas, o “agroboy”, como candidato à Prefeitura de Porto Velho. Vargas, no entanto, optou por apoiar Mariana Carvalho, do União Brasil, derrotada por Léo Moraes (Podemos). A derrota de Mariana reforçou a ausência de vitórias significativas para Cassol, direta ou indiretamente, nos últimos anos. Perda de protagonismo no PP A troca na liderança do Progressistas em Rondônia foi justificada pela Direção Nacional como parte de uma diretriz para priorizar lideranças com mandato eletivo. Cassol reagiu com tom conciliador, destacando que a “unidade partidária é essencial” e que seguirá engajado nos objetivos da legenda. Apesar disso, a substituição marca uma virada simbólica: a consolidação de Sílvia Cristina à frente do PP no estado sinaliza uma nova era de comando, onde o protagonismo de Cassol é colocado em segundo plano. Crise familiar e divergências políticas O cenário se agrava com as tensões familiares. Em março de 2024, Cassol articulou a destituição de sua irmã Jaqueline do comando estadual do partido, episódio que gerou acusações de “violência política de gênero” por parte dela. Jaqueline, que liderou o PP por muito tempo, mencionou o impacto negativo da ruptura, mas manteve postura pública de apoio ao governador Marcos Rocha. Na última semana, reforçou seu posicionamento ao afirmar que Rocha é “o melhor governador que Rondônia já teve”. A declaração representa mais um golpe na imagem de Cassol, que, além de enfrentar distanciamento da irmã, também se vê sem mandato, sem o controle do PP e sem vitórias de aliados para celebrar. Futuro político: reinvenção ou declínio? O futuro de Cassol permanece incerto. Enquanto luta na Justiça para reverter a inelegibilidade e tenta articular sua volta ao cenário político, os últimos acontecimentos colocam em dúvida sua capacidade de recuperação. O ex-governador enfrenta um desgaste significativo, agravado pela perda de influência no partido e pelo afastamento de aliados importantes. Entretanto, a trajetória de Cassol demonstra resiliência. Mesmo sem mandato, ele mantém presença ativa nos bastidores políticos e ainda conta com reconhecimento por parte de uma base fiel de apoiadores. Se conseguirá transformar o atual momento de crise em uma oportunidade de reinvenção política, é algo que apenas os próximos capítulos poderão revelar. Fonte: Rondoniadinamica Leia Também Fora do comando do partido e ignorado pela irmã, Cassol enfrenta o fim ou oportunidade de reinvenção? Cirone anuncia a liberação de R$ 10 milhões para reforma de escolas de Cacoal Apoio do deputado Jean Mendonça garante compra de implementos agrícolas para a Associação Agrícola Ieda Chaves solicita melhorias na infraestrutura viária na RO-267, em Castanheiras Deputado Luís do Hospital reforça parceria com Jaru e anuncia novos investimentos Twitter Facebook instagram pinterest