"ABUSO DE PODER" Investigadores da Coreia do Sul pedem que promotores acusem presidente afastado por insurreição Publicada em 23/01/2025 às 10:58 Investigadores da Coreia do Sul pediram aos promotores nesta quinta-feira (23) que acusassem o presidente afastado Yoon Suk Yeol, que está preso, pela imposição da lei marcial no mês passado, acusando-o de insurreição, abuso de poder e obstrução do parlamento, informou a Associated Press (AP). O Escritório de Investigação de Corrupção de Altos Funcionários (CIO) afirmou que Yoon organizou um “motim” e tentou minar a constituição ao declarar a lei marcial em 3 de dezembro e enviar tropas e policiais para selar a Assembleia Nacional. A lei restringia direitos civis e fecharia o parlamento, mas foi derrubada horas depois da imposição. Lee Jae-seung, vice-procurador-chefe do CIO, disse em uma entrevista coletiva televisionada que Yoon também abusou de seu poder ao mobilizar tropas para um propósito ilegítimo e tentou obstruir o direito do parlamento de votar sobre o fim da lei marcial. Apesar da presença de tropas armadas, os legisladores conseguiram entrar no parlamento e pediram o fim do decreto de emergência em uma votação unânime. A assembleia posteriormente aprovou o impeachment Yoon, suspendendo seus poderes presidenciais, e o Tribunal Constitucional agora está deliberando para determinar se o presidente será formalmente destituído do cargo ou reintegrado. Yoon tem afirmado que suas ações tinham como objetivo emitir um alerta ao parlamento controlado pela oposição sobre a obstrução da sua agenda, em vez de interromper o trabalho do parlamento. O Escritório de Investigação de Corrupção tem liderado a investigação contra Yoon com a polícia e as autoridades militares, e o deteve na semana passada. “Como vocês sabem, apesar de enfrentar uma acusação nacionalmente grave como chefe de uma rebelião, o suspeito tem constantemente se mostrado não cooperativo e desafiado os processos judiciais criminais”, disse Lee. Yoon rejeitou os esforços para interrogá-lo durante semanas e usou o serviço de segurança presidencial para repelir a primeira tentativa de detenção. Ele alega que a investigação e sua detenção são ilegais. A equipe de defesa de Yoon emitiu uma declaração acusando o CIO de “humilhar” Yoon ao tentar pressioná-lo a falar com os investigadores e abusar de seus direitos humanos ao impedi-lo de contatar seus familiares. Yoon se recusou a participar do interrogatório desde que foi detido, citando seu direito de permanecer em silêncio. Aparecendo pela primeira vez em uma audiência do Tribunal Constitucional na terça-feira (21), Yoon negou ter ordenado que os militares arrastassem os legisladores da Assembleia Nacional para impedir que votassem. Comandantes das unidades militares enviadas à assembleia testemunharam que Yoon os ordenou a retirar os legisladores. O decreto de lei marcial de Yoon abalou a política e os mercados financeiros da Coreia do Sul e prejudicou sua imagem internacional. Fonte: G1 Leia Também Investigadores da Coreia do Sul pedem que promotores acusem presidente afastado por insurreição Trump obriga servidores a delatar colegas por ações de diversidade em até 10 dias Bispa que fez apelo a Trump diz que não se desculpará, mas garante: "Não odeio o presidente e rezo por ele" Novos incêndios voltam a atingir Los Angeles; 31 mil pessoas evacuadas Com 105 mortes em 2024, Brasil é o país que mais mata pessoas trans Twitter Facebook instagram pinterest