FAIXA DE GAZA Israel e Hamas recebem versão "final" de acordo de cessar-fogo em Gaza Publicada em 13/01/2025 às 15:46 O Catar entregou a Israel e ao Hamas uma versão "final" do acordo de cessar-fogo e de libertação dos reféns do Hamas na Faixa de Gaza, de acordo com a informação de uma das autoridades envolvidas nas negociações, divulgada nesta segunda-feira (13). Horas depois, o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, também afirmou que considera possível um acordo de trégua em Gaza "esta semana". "Estamos perto de um acordo e ele pode ser fechado esta semana. Não estou fazendo uma promessa ou uma previsão, mas está ao nosso alcance", disse Sullivan aos repórteres. O progresso nas negociações foi feito em Doha durante a noite deste domingo (12), após conversas com representantes de Israel, dos Estados Unidos e do Catar. Horas antes, o presidente americano, Joe Biden, conversou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por telefone. Os dois discutiram iniciativas já em andamento, que visam colocar um fim aos combates no enclave palestino e libertar os últimos reféns, disse a Casa Branca em um comunicado. Biden "insistiu na necessidade imediata de um cessar-fogo em Gaza e no retorno dos reféns, com um aumento na ajuda humanitária possibilitado pela cessação dos combates como parte do acordo", escreveu a Casa Branca. As autoridades dos EUA estão trabalhando para obter um acordo antes da posse de Trump, em 20 de janeiro. O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa'ar, disse nesta segunda-feira (13) que o país estava "trabalhando duro" para garantir um acordo que encerraria a guerra e permitiria a libertação de reféns mantidos no território palestino. "Israel realmente quer libertar os reféns e está trabalhando duro para chegar a um acordo. As negociações estão avançando", disse ele em uma coletiva de imprensa conjunta ao lado do chanceler dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen. À agência de notícias Reuters, o Hamas afirmou nesta segunda que as conversas sobre algumas questões centrais para o cessar-fogo em Gaza progrediram e que seus representantes estão trabalhando para concluir o que resta discutir em breve. Prédios destruídos na Faixa de Gaza durante conflito entre Israel e Hamas, vistos do sul de Israel — Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters Cerca de 100 reféns israelenses, vivos ou mortos, ainda estão nas mãos do Hamas desde os ataques de 7 de outubro de 2023 pelo grupo palestino no sul de Israel. A represália de Israel já deixou mais de 46 mil mortos em Gaza, de acordo com autoridades de saúde palestinas. O enclave está destruído e enfrenta uma crise humanitária. A maior parte da população foi deslocada. O Ministério da Saúde do governo do Hamas para a Faixa de Gaza anunciou nesta segunda-feira que pelo menos 19 pessoas foram mortas nas últimas 24 horas no território palestino. Ataques aéreos A ofensiva de Israel também continua em outra frente. As Forças Armadas israelenses realizaram ataques aéreos no leste e no sul do Líbano neste domingo (12), de acordo com a ANI, agência de notícias oficial do país. O Exército disse ter como alvo o Hezbollah e, em particular, as rotas de contrabando ao longo da fronteira com a Síria. A trégua que entrou em vigor em 27 de novembro encerrou uma guerra de mais de dois meses entre o Hezbollah e Israel, que deixou quase 4 mil pessoas no Líbano e destruiu redutos do partido pró-Irã. Mas, desde então, ocorreram várias violações do cessar-fogo. "Entre os alvos atingidos estão uma base de lançamento de foguetes, um local militar e estradas ao longo da fronteira sírio-libanesa usadas para o contrabando de armas para o Hezbollah", segundo o Exército israelense. O acordo assinado prevê que o Exército israelense tem até o dia 26 de janeiro para se retirar do sul do Líbano e que o Hezbollah deve desmantelar sua infraestrutura militar no sul do Líbano e mover suas forças para o norte do rio Litani, a cerca de 30 quilômetros da fronteira israelense-libanesa. A força de paz da ONU acusou Israel em janeiro de "violação flagrante" da resolução do Conselho de Segurança, utilizada como base para definir as regras do cessar-fogo. Em comunicado, o Exército israelense alega ter respeitado o documento. Fonte: G1 Leia Também Israel e Hamas recebem versão "final" de acordo de cessar-fogo em Gaza Posse de Trump: Brasil deve ser representado por embaixadora nos EUA Defesa Civil interdita local de incêndio no Camelódromo do Rio Estados e municípios têm até sexta para retomada de obras do SUS Lula destaca apoio da Caixa à implementação de políticas públicas Twitter Facebook instagram pinterest