MEDICINA São Paulo veta PL que amplia acesso a itens de cannabis medicinal Publicada em 31/01/2025 às 11:08 O governo paulista vetou o Projeto de Lei nº 954/2023, que criaria o Programa de Produção e Distribuição de Medicação à Base de Cannabis Medicinal pela Fundação para o Remédio Popular (Furp). A informação foi publicada na edição do Diário Oficial do estado desta quinta-feira (30). A justificativa apresentada foi a de que a iniciativa, para ser implementada, exigiria planejamento e disponibilidade orçamentários. O governador em exercício, Felício Ramuth, apontou, ainda, a necessidade de se elaborar "ações concretas, com empenho de servidores e recursos" vinculados ao Poder Executivo, que envolvem aspectos de ordem técnica e operacional. São Paulo é um estado pioneiro em relação a tratamentos com cannabis medicinal. Ao sancionar a Lei nº 17.618/23, tornou-se a primeira unidade da federação a garantir o fornecimento de produtos à base de canabidiol pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em nota encaminhada à Agência Brasil, a fundação afirma que a proposta legislativa, por não ter uma estimativa do impacto financeiro aos cofres estaduais, contraria a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Constituição Federal. "Além disso, a aprovação de projetos deste tipo é de responsabilidade exclusiva do Governador, conforme as constituições Federais e Estaduais. Desta forma, o veto foi estabelecido e o projeto volta para a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para ser analisado novamente", esclarece, adicionalmente. A Furp informou que "já está desenvolvendo um projeto de transferência de tecnologia com uma empresa detentora dos direitos de fabricação de produtos à base de Cannabis sativa". "Atualmente, a fundação aguarda autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de forma a permitir o fornecimento do produto ao SUS, em especial para atendimento aos programas de assistência farmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo." Tramitação O PL foi protocolado na Alesp pelos deputados estaduais Valdomiro Lopes e Caio França, do PSB. Em 17 de dezembro de 2024, poucos dias antes de se iniciar o recesso dos parlamentares, a pauta foi apreciada pelas comissões de Saúde; de Constituição, Justiça e Redação; e de Finanças, Orçamento e Planejamento da Casa. O relatório com parecer favorável foi assinado pelo deputado Enio Tatto (PT), que disse concordar com Valdomiro Lopes "quando argumenta que, apesar de a utilização de cannabis ter sido reconhecida em diversos países como uma forma de tratamento para diversas condições de saúde e de seu uso já estar regulamentado pela Anvisa - RDC nº 327/2019, é necessário que o Estado atue para 'garantir o acesso gratuito e seguro aos pacientes que necessitam' de tais medicamentos". Mercado canábico Em 2024, o Brasil atingiu a marca de 672 mil pacientes que se tratam com cannabis medicinal, número recorde e 56% superior ao patamar de 2023. O dado consta do anuário produzido pela Kaya Mind, que também destaca que São Paulo é a unidade federativa com maior quantidade de associações fundadas para facilitar o acesso de pacientes aos produtos de cannabis medicinal. Fonte: AGÊNCIA BRASIL Leia Também São Paulo veta PL que amplia acesso a itens de cannabis medicinal Rondônia fecha 2024 com 7,8 mil contratações de unidades do Minha Casa, Minha Vida Deportações de brasileiros dos EUA cresceram depois de acordo de 2018 Proprietários de veículos podem pagar até esta sexta-feira, 31, IPVA com desconto de 10% oferecido pelo governo de Rondônia Acidente entre avião e helicóptero é o mais letal dos Estados Unidos desde 2001 Twitter Facebook instagram pinterest